Português, perguntado por Elevenonze6180, 10 meses atrás

estrutura narrativa do livro triste fim de policarpo quaresma

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Respondido por ManoelOliverM10
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Olá, sou Manoel e irei tentar lhe ajudar!




Sobre o autor
Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em 1881 no Rio de Janeiro. Órfão de mãe, tem uma brilhante trajetória na escola. Quando adulto, é jornalista, trabalha no Ministério da Guerra e escritor. É internado num hospício. Falece no Rio de Janeiro em 1922. Além de cinco romances publicados, publicou sátiras, contos, artigos e crônicas.

Importância do livro
O Triste Fim de Policarpo Quaresma, inicialmente, foi publicado no ano 1911 através de folhetins no Jornal do Comércio. Só após cinco anos é que foi publicado em forma de livro, custeado pelo próprio autor. Assim que publicado, foi aclamado pela crítica, diferentemente de sua primeira obra, Recordações do escrivão Isaías. 

Período histórico
As histórias de Policarpo se passam durante os primeiros anos da República; precisamente durante o governo de Floriano Peixoto (1891 – 1894). Porém, a obra foi escrita e publicada por Lima Barreto em 1911, vinte anos após esse contexto. Os fatos histórico-sociais são bastante discutidos por Lima durante o enredo, já que o personagem principal é um engajado e revolucionário.

ANÁLISE

O Triste Fim de Policarpo Quaresma, romance narrado em terceira pessoa, possui um narrador que não julga os fatos, deixando assim livre o leitor para assumir sua posição; ou de defesa ou de contrariedade. O narrador passa por papel de leitor de sua própria história, narrando e esperando os acontecimentos. Em discussões entre os personagens, o narrador não se posiciona, nem mesmo julga as suas atitudes. Assim, ao mesmo tempo que sentimos pena da ingenuidade de Policarpo Quaresma, sentimos graça ao vermos tantos projetos e preocupações incomuns. É a mesma visão que seus vizinhos possuem. Eles diziam que Policarpo não vivia a realidade e que era em vão e estranho um homem que não cursou a faculdade ler tantos livros. Policarpo não era compreendido e não se fazia compreender, pois não buscava isso. Seu principal objetivo era repassar a cultura brasileira e exaltar o que de melhor havia no Brasil. O texto faz uma intertextualidade com Dom Quixote; o autor faz essa comparação tendo em vista que ambos não viviam a realidade, viviam seus sonhos e objetivos, embora parecesse estranho para os outros.

As três partes em que são separadas o livro representam os três grandes sonhos do personagem. Na primeira Policarpo começa a apreender violão. Ele busca nas modinhas brasileiras o resgate da cultura. Na segunda, ele se muda para o sítio, buscando assim retirar das terras brasileiras seu sustento e acreditando que com tanta terra fértil, o melhor a ser feito era ser aproveitado. Já na terceira e última parte, o Major busca através de sua participação na revolta transformar o país. Acontece que desde o título do livro já está anunciado que o desfecho não será feliz. O brasileiro Policarpo, que tanto acreditava em mudanças e melhoras, que tanto valorizava o que de mais brasileiro havia, acaba sendo acusado de traidor, e morre na prisão. Ele, antes de sua morte, chega a conclusão que toda a sua vida, sua luta e todos seus sonhos foram em vão. A pátria brasileira, pela qual ele tanto sonhou e lutou, não existia.

PERSONAGENS

Policarpo Quaresma: Conhecido por Major, era subsecretário no Arsenal de Guerra. Era um patriota apaixonado pelo Brasil. Pequeno e magro, era visto com muita curiosidade por todos, já que era um estudioso, mas não era valorizado por não se envolver com política. Vestindo sempre seu fraque preto, era muito respeitado por todos, até que é tido como louco ao propor que a língua nacional fosse o tupi. Participa como major na guerra, e acaba morto numa prisão.

Ricardo Coração dos Outros: Tocava violão e cantava modinhas. É um artista admirado pela sociedade e torna-se amigo de Quaresma, pelo amor pelo violão e pelo comum patriotismo. 

Olga: afilhada de Policarpo, está sempre fazendo visitas ao seu padrinho. Era muito parecida com Policarpo em sentimentos revoltosos. Casou-se sem estar apaixonada, apenas para obedecer a uma ordem social.

Ismênia: Vizinha do Quaresma, estava noiva há cinco anos, até que quando o casamento é marcado, seu noivo some. A jovem menina fica tão triste, que acaba adoecendo, psicologicamente e fisicamente. Morre e é enterrada com um vestido de noiva, como era seu desejo.

General Albernaz: Pai de Ismênia e vizinho de Quaresma.

Adelaide: irmã mais velha de Policarpo. Solteira, vivia com Policarpo e foi com ele para o sítio.

Coleoni: Pai de Olga.

Anastácio: Empregado negro de Policarpo Quaresma. Companheiro na solidão com seu patrão, foi com ele para o sítio. Era seu servo fiel.

Bustamante: Tenente-Coronel e amigo do General Albernaz. Participou da revolta.

AUTOR



Lima Barreto

13 de Maio de 1881

01 de Novembro de 1922 (41 anos)


De nada, espero ter ajudado.
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