Esteticamente o que mudou no traje de banho masculino? URGENTE!
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Resposta:
Os trajes masculinos têm evoluído e mudado mais lentamente que os trajes
femininos. Observa-se que algumas dessas vestimentas, após serem modificadas em tempos passados, estão inseridas até os dias atuais no cotidiano das
sociedades.
Eco (1982) afirma que o vestuário masculino sofreu grande interferência em dois
momentos históricos, a Revolução Francesa e o desenvolvimento da civilização industrial. A indumentária masculina, antes da Revolução Francesa, apresentava ostentação e luxo; depois, tornou-se mais simples, mas requintada e elegante, sendo
usada até os dias atuais, porém com algumas modificações na modelagem.
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Segundo Kohler (2001), a indumentária masculina no século XV passou algum tempo sem sofrer grandes alterações, entretanto, a inserção de adornos
e tecidos nobres tornou as roupas extremamente alinhadas, as quais tinham,
muitas vezes, mais elegância e riqueza que os trajes femininos.
Já para Benstock (2002), o homem vestia-se com mais requinte, pois, dessa
forma, poderia demonstrar seu poder. Somente os afortunados utilizavam trajes
ricos em detalhes, quase sempre bordados com ouro e prata. Como certo número
de críticos de moda já observou, a vestimenta ornamentada era mais uma prerrogativa de classe do que de gênero nos séculos XV, XVI e XVII e era protegida pela
lei. Uma elegância extravagante era sinal de poder aristocrático e de privilégio.
Para Laver (2001), no século XVI, a peça principal do guarda roupa masculino
era o gibão, uma espécie de jaqueta, o qual passou por diversas modificações,
sendo sempre sinônimo de sofisticação. No século XVI, a classe alta da Europa expôs extremo requinte em suas vestes, principalmente na elaboração e
refinamento das peças, tanto em termos de bordados, quanto de tecidos. Os
elementos produzidos nesta época eram extremamente elaborados, reforçando
a posição social do indivíduo.
Ao iniciar o século XVII, quase todos os países europeus começaram a abandonar o estilo espanhol, dominante até então. Os trajes rígidos desapareceram, dando lugar aos estilos mais naturais de indumentária. Nesse período,
observa-se a transição da indumentária espanhola para a francesa. Houve, na
ocasião, modificações muito significativas - o traje era composto por gibão curto e calção largo, com o forro mais comprido, essa peça era amarrada acima
dos joelhos, com muitas fitas na camisa e nesse calção.
A Restauração de Carlos II, em 1660, trouxe o triunfo da moda francesa, apesar de continuarem a existir diferenças significativas entre as roupas usadas na
França e em outros países, principalmente na Inglaterra. Historiadores vêemna com olhos desfavoráveis: “Gosto e elegância”, afirma F. W. Fairholt (apud
Laver, 2001), “foram abandonados a favor da extravagância e da insensatez;
e o traje masculino, que na época de Carlos I atingira o ponto mais alto de
esplendor, degenerou-se e entrou em decadência a partir desse momento”.
Segundo Kohler (2001), em 1670 o gibão sofreu uma importante transformação para a história do vestuário masculino, perdendo sua aparência de jaqueta, evoluindo para uma espécie de casaco, ou seja, uma peça fechada com
botões frontais, podendo variar entre diferentes comprimentos e larguras.
Por volta do século XVII, o desenvolvimento da indumentária européia atingira
seu ponto mais alto. A partir desta época, as dimensões tornaram-se menores
por algum tempo, e o casaco transformou-se em casaca. Sob Luís XVI a moda
avançou rumo ao que pareciam novas tendências, mas as mudanças deram-se
mais nos ornamentos do que nos cortes