Estátua do Borba Gato: como lidar com monumentos polêmicos do passado
Para muitos paulistas, Raposo Tavares, Fernão Dias, Cardoso de Almeida e Anhanguera são apenas nomes de rodovias. Mas há coisas que nem o asfalto é capaz de esconder: o passado questionável dos personagens de nossa história. Esculpidos como heróis em áreas públicas, os bandeirantes hoje representam algo ultrapassado e ofensivo. Junto aos protestos antirracismos ao redor do mundo, que têm pedido a cabeça (e o corpo de pedra) desses monumentos, surge a dúvida: o que fazer com um passado que já foi tido como heroico?
O autor do texto se mostra preocupado com a exaltação da figura de bandeirantes que contribui para o(a)
memorização de como os bandeirantes trouxeram a paz e a civilização para os povos nativos.
apagamento histórico da realidade indígena violentamente subjugada pelos colonizadores.
esquecimento da importância que esses personagens tiveram em outras regiões do país.
aplicação de leis que estabelecem a valorização da colonização portuguesa no Brasil.
Soluções para a tarefa
Resposta:
o passado questionável dos personagens de nossa história. Esculpidos como heróis em áreas públicas, os bandeirantes hoje representam algo ultrapassado e ofensivo. Junto aos protestos antirracismo ao redor do mundo, que têm pedido a cabeça (e o corpo de pedra) desses monumentos, surge a dúvida: o que fazer com um passado que já foi tido como heroico?
A contestação de homenagens a homens com biografia racista, misógina e assassina não é um fenômeno de hoje. O que havia antes, entretanto, era a chegada de um novo momento histórico que pedisse a destruição do regime anterior. Na Revolução Francesa, no final do século 18, protestantes derrubaram símbolos da realeza. O mesmo ocorreu após a morte de Joseph Stalin, na ex-URSS, a partir de década de 1950, e ainda no final do processo de independências das repúblicas soviéticas, que seguem derrubando Lênins de bronze com certa frequência.
Alguns símbolos, contudo, permaneceram de pé como totens representativos da história oficial, mas levantam debates intensos. Em 2017, nos Estados Unidos, a briga em relação à herança confederada como memória positiva resultou até em morte na cidade de Charlottesville. Neonazistas confrontaram grupos antirracistas, devido aos planos de remoção da estátua de um general escravagista. Dadas as circunstâncias, houve aceleração na retirada de ao menos 60 monumentos no país.
O debate se intensificou com os protestos antirracistas após a morte do norte-americano George Floyd, em 25 de maio. Em 7 de junho, manifestantes derrubaram e jogaram no rio a estátua de um traficante de escravos em Bristol, no Reino Unido. Em uma entrevista, o historiador britânico David Olusoga defendeu a ideia de que estátuas deveriam pertencer a museus de história e não servirem de símbolo de adoração. Na Bélgica, que vem tentando se retratar com o Congo, houve a queda da estátua do rei Leopoldo 2º, responsável pelo extermínio de congoleses no processo de colonização.
Explicação:
eu acho que é isso amigo ou amiga
Resposta:
apagamento histórico da realidade indígena violentamente subjugada pelos colonizadores.
Explicação:
A figura do bandeirante é exaltada na história brasileira, mas coloca em questão o apagamento histórico das narrativas e lutas tanto da população nativa quanto dos escravizados trazidos da África para trabalhar nas lavouras. Para o autor, a construção de monumentos e a utilização de nomes de bandeirantes em espaços públicos contribui para a manutenção desse apagamento e para a normalização de um passado de violência.