Estado de São Paulo – 25/05/2014
LÍDERES JÁ ADMITEM 'DIVIDIR' A EUROPA
Diante da realidade que se impõe, líderes europeus não escondem a ideia de promover de
forma institucional uma divisão na Europa. Nesta semana, em artigo publicado na revista Le
Point, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy apresentou seu projeto de criar uma Europa a
duas velocidades.
Sarkozy, que poderia voltar a se candidatar à presidência francesa em 2017, deixa claro que
quer uma redução das atribuições da União Europeia, que deveria concentrar seu trabalho
apenas na agricultura, energia, comércio e leis de concorrência. "Não existe uma Europa, mas
duas", escreveu. "Na zona do euro, precisamos parar de acreditar no mito de que todos têm
direitos iguais entre seus membros."
O que ele sugere é a criação de uma "grande zona econômica franco-alemã no coração da
zona do euro que nos permitirá melhor defender nossos interesses". Juntas, as duas maiores
economias do bloco representam 44% da população e, para Sarkozy, a fortaleza do euro
depende do bom desempenho dessas duas economias.
Mas a realidade é que até mesmo entre a França e Alemanha a disparidade econômica se
aprofundou durante a crise. Desde 2005, a economia alemã cresceu 11,6%. Na França, a taxa
foi de meros 5%. A taxa de desemprego na Alemanha é de apenas 5,5%. Na França, ela bate a
marca de 10,4%. O governo alemão tem contas em dia. Já na França, o déficit no orçamento
ainda preocupa a Comissão Europeia.
Fora da zona do euro, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, é outro que pede para
rever a participação do Reino Unido no bloco e rejeitar uma união ainda mais profunda. "Os
empresários acham que o grau de interferência europeia nos nossos negócios é excessiva",
escreveu Cameron, em março. "As pessoas estão preocupadas que sejamos sugados para um
Estados Unidos da Europa e isso não é o que queremos." Em 2017, Cameron quer promover
um referendo para decidir que relação Londres deve manter com as demais capitais europeias.
Pela metade. Nem todos pensam dessa forma. Para analistas, o que levou a Europa à crise foi
justamente o fato de ter criado uma união pela metade, sem a coragem de estabelecer todos
os mecanismos de coordenação monetária.
Em Bruxelas, a liderança política do bloco rejeita a tese de que a crise enfraqueceu a UE. "A
nossa resposta obrigou-nos a mais solidariedade e obrigou a Europa a rever os próprios
mecanismos de governança econômica. A melhoria da situação na Europa tem de ser
continuada, através de reformas estruturais e do aprofundamento do nosso mercado interno Ver-1/2015
para dar mais competitividade às nossas economias", declarou o presidente da Comissão
Europeia, José Manuel Barroso ao Estado.
Várias medidas começaram a ser tomada para aprofundar o bloco, como a união bancária,
uma atitude mais enfática do Banco Central Europeu e uma reforma que está sendo planejada
para ocorrer nos próximos anos.
Ainda assim, os documentos internos admitem que a união passa por um momento crítico.
"Estamos numa encruzilhada econômica e política", admitiu Algirdas Šemeta, comissário
responsável pelo Mercado Único da UE. "Atualmente, nos confrontamos com dúvidas
crescentes sobre a relevância econômica da UE, seu significado político e seu papel
internacional", escreveu. "Estamos vendo alguns membros questionando os méritos de fazer
parte da UE e, de forma sem precedentes, alguns candidatos a fazer parte do bloco estão
fazendo o mesmo."
Sua receita também vai na direção de duas Europas. Mas a forma de apresentar isso é
diferente. "Precisamos ter uma 'via rápida' para aqueles governos que querem se integrar de
forma mais rápida", apontou. "Isso vai nos levar a uma Europa mais fragmentada? Não
acredito. De fato, essa será a forma de preservar nossos valores unidos e aliviar a tensão que
surgem das necessidades nacionais de cada país."
"A Europa passa por um período de autoanálise e mudança. Mas isso não é por si uma coisa
boa ou má. Tudo vai depender do que faremos com isso", completou.
Pergunta: Quando um país decide fazer parte integrante de um bloco econômico, ele pode
negociar em separado do bloco?
Respostas objetivas:
A integração total, como está constituído a CEE, não permite que seja negociado em separado
a inclusão dos países.
A CEE decide se pode negociar a inclusão de outros países, assim é possível ter tratamento
diferencial por cada país.
A CEE só pode negociar a inclusão de países com o aval de todos os representantes dos países
integrantes.
A CEE só fará a inclusão diferenciada se os países participarem de uma integração de forma
rápida, conforme o texto.
Os blocos econômicos têm relação direta com o FMI, devido a isto deve ter aval em assembleia
para aprovação de inclusão de novos países na CEE.
Soluções para a tarefa
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Oi... Vc conseguiu a resposta dessa pergunta? estou precisando ... fico no aguardo de uma resposta :)
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