"Esse exame que se pretende puramente empírico depende, contudo, de duas coordenadas teóricas básicas: uma filosofia da história e uma explicação da psicologia humana. A primeira concebe o fenômeno histórico [...] como constituído por ciclos, que se renovam em movimentos de revolução em torno de si mesmos. Os fatos históricos repetem-se nas linhas mestras; conhecê-los é apossar-se de um material de recorrência, essencial para o estudo do presente. Tal concepção do acontecer histórico complementa-se com a compreensão da psicologia humana. Maquiavel conclui, por meio do estudo dos antigos e da intimidade com os potentados da época, que os homens são todos egoístas e ambiciosos, só recuando da prática do mal quando coagidos pela força da lei. Os desejos e as paixões seriam os mesmos em todas as cidades e em todos os povos. [...]." (INTRODUÇÃO. Maquiavel [Coleção Os pensadores]. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 16-17. Fragmento). No texto, pode-se verificar que a filosofia política de Maquiavel pressupõe:
A)a falta de limite no uso do poder como algo vinculado apenas a sociedades primitivas.
B)um padrão estrutural baseado na observação e comparação de várias sociedades.
C)uma concepção filosófica que remete à ideia da bondade natural dos governantes.
D)a inexistência de crises históricas e políticas em todas as sociedades.
E)a impossibilidade de se observar uma estrutura recorrente na história humana.
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Resposta: Letra D
um padrão estrutural baseado na observação e comparação de várias sociedades.
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