Esse eh o texto
Com a expansão da comunicação, somos continuamente influenciados pela diversidade de
mensagens e imagens que nos seduzem e inebriam por meio das mais variadas formas de mídia. Entre
elas, está a publicidade, com suas manobras estratégicas, endereçando à nossa emoção seus sedutores
apelos de venda. Por sermos dotados de juízo crítico, temos a possibilidade de selecionar aqueles que
melhor correspondem às nossas reais necessidades. No entanto, o mesmo não acontece com as crianças,
que são mais vulneráveis às mensagens persuasivas por estarem em desenvolvimento. Sabe-se que até
mais ou menos os 12 anos de idade elas não têm o pensamento crítico formado e, por isso, são mais
suscetíveis aos apelos comerciais. Embora, de acordo com a lei, as crianças não possam praticar os atos
da vida civil, tais como comprar um automóvel ou assinar um contrato, elas são abordadas diretamente
pela publicidade como plenas consumidoras.
Longe das estripulias cotidianas e das brincadeiras criativas, muitas crianças estão ficando cada vez
mais quietinhas diante de uma tela no quarto, assistindo a programas inadequados ou comandando, pelo
controle remoto do videogame, alguma batalha geralmente sangrenta. Ou, quando esperam os pais na
volta do trabalho, sonham mais com algo que eles possam lhes ter comprado do que com o calor do seu
abraço. Isso porque elas obedecem, hoje, a dois senhores dentro da mesma casa: à publicidade, que só
lhes diz “sim”, e aos pais, que, cansados de tanto dizer “não”, cedem às súplicas dos filhos entregando-
lhes, na forma de objetos, o contato afetivo cada vez menos valorizado.
Na ânsia de formar antecipadamente novos consumidores, a publicidade encurta a infância sem
medir as consequências nefastas dessa apropriação indébita da genuinidade infantil. A erotização precoce
e seus reflexos nos altos índices de gravidez na adolescência; a violência oriunda do desejo por produtos
caros implantado em tantas crianças que, sequer, podem comer; a obesidade infantil, estimulada pela
oferta excessiva às crianças de produtos não saudáveis; as depressões e frustrações decorrentes do
atrelamento do conceito de felicidade ao ato de consumir são algumas dessas consequências que pesam
sobre o futuro de nossas crianças e oneram os cofres públicos.
Por que, em tantos outros países, a publicidade para crianças é controlada; o que falta na legislação
brasileira para que o mesmo rigor seja adotado aqui; quais as táticas mais utilizadas pela publicidade para
seduzir os pequenos; o que acontece com uma criança que cresce sem ouvir “não” e quais as
consequências da publicidade dirigida ao público infantil são alguns dos temas abordados neste livreto.
Sua razão de ser é ajudar a ampliar a reflexão e o debate sobre o consumismo precoce e conscientizar o
leitor sobre os impactos negativos da publicidade e da comunicação mercadológica voltadas à criança no
desenvolvimento infantil. A infância feliz e tranquila é o prefácio de um mundo melhor. E quanto mais
respeitada e protegida ela for, mais adultos críticos e saudáveis construiremos e mais sentido terá a
preocupação que demonstramos hoje com o futuro do nosso planeta.
As perguntas.
1 – Segundo o texto, por que os adultos são diferentes das crianças em relação aos efeitos da
publicidade?
a) Porque os adultos são continuamente influenciados pelas mensagens e imagens.
b) Porque não são capazes de selecionar aqueles apelos de venda que melhor correspondem às
suas reais necessidades.
c) Porque a publicidade não consegue convencer adultos.
d) Porque os adultos são dotados de juízo crítico.
e) Porque os adultos não ficam tanto tempo diante da TV.
2 – Qual dos itens a seguir NÃO apresenta um efeito negativo que pode ser causado pela publicidade
infantil, conforme o texto?
a) Erotização precoce.
b) Obesidade infantil.
c) Depressão.
d) Frustração.
e) Baixo desempenho escolar.
Me ajudem tenho q entregar hj
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Resposta:
1- b)por que são capazes de selecionar aqueles apelos de venda que melhor correspondem às suas reais necessidades.
2- a) erotização precoce
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