Espricar Artes de Romero Britto
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Foi realizada neste trabalho uma pesquisa bibliográfica no campo das artes plásticas (movimentos artísticos, vanguardas), obtendo assim informações suficientes para que as artes plásticas de Romero Britto possam ser compreendidas, primeiramente, como obra e expressão artística e posteriormente como recurso visual (MUNARI, 1990). Neste espaço promovemos então a discussão em torno da indústria cultural de Horkheimer e Adorno (1985), da reprodutibilidade técnica de Benjamin (1985), do espetáculo de Debord (1997), entre outros autores não menos importantes. Omar Calabrese (1993) propõe um antimétodo para a interpretação da obra de arte, que é aplicado para a leitura da obra de Romero Britto. O antimétodo de rejeita todo e qualquer método de interpretação ou crítica da arte. Para a realização da leitura foram utilizadas obras do artista, juntamente com exemplos de bens de consumo (produtos) e de peças publicitárias (cartazes de divulgação) ilustradas por ele, para que fosse possível verificar a existência do uso das artes plásticas do artista como recurso visual nos bens de consumo e na publicidade e, para que assim houvesse recursos para que a leitura da obra (em especial: Garden) através do antimétodo. Calabrese (1993) considera o método como um mal metafísico que destrói o sentido estético da obra de arte. Ele então recusa qualquer esquematismo teórico para que possa ser aplicada a leitura sistemática de um fenômeno de descrição, interpretação e explicações inesgotáveis. RESULTADOS:
A partir dessa pesquisa foi possível analisar as artes plásticas de Romero Britto e sua relação com a publicidade e com os bens de consumo, bem como os fatores envolvidos na criação artística desse artista. Constataram-se possíveis motivos pelo qual Romero Britto tornou-se uma figura tão recorrente como solução visual: bons sentimentos na sua temática e sua simplicidade estética e conceitual. A arte Britto se torna “agradável” pois remete o consumidor de seu trabalho ao universo perfeito (belas-artes) de sentimentos idealizados por grande parte da população. Britto exerce uma nova ordenação da sensibilidade artística, sem deixar de produzir o sentimento de caoticidade (imprevisibilidade da informação estética). A composição artística de Britto e a sua falta de complexidade interpretativa (signos ocultos, ironias, metáforas) leva o público a acreditar que sua arte pode ser próxima ou íntima, que pode ser adquirida através dos bens de consumo por uma parcela social bem maior do que a parcela que conseguiria consumir sua arte através da compra de seus quadros ou através de exposições em galerias e museus. Os elementos dos quadros de Romero Britto humanizam e fornecem o status de “pequenas obras” aos produtos. O casal sorrindo, os animais, plantas e demais elementos dão vida às marcas, aumentando o poder de sedução dos bens de consumo. A sedução das obras de Britto deriva, além da estética, da suspensão do mundo real (e não perfeito). CONCLUSÕES
Com a reprodutibilidade técnica a sociedade obteve a oportunidade de ter, mais próximo de si, expressões culturais antes distantes ou apenas imaginadas. A promoção desse desejo de aproximação move a sociedade e a leva, conseqüentemente, a um consumo que vai além dos simples bens de consumo, chegando a “produtos” antes nunca consumidos, mas sim, apreciados, contemplados e sacralizados como “a” arte. A arte transforma-se, assim, em mais um produto da indústria cultural. A publicidade usa o “mundo perfeito” de Britto para que o produto ou a marca se torne humanizado, fornecendo-lhe uma alma. A intersecção entre a publicidade e as artes plásticas de Britto ocorre devido ao uso da arte não mais como apreciação, contemplação e interpretação, mas como função e artifício para a ampliação das vendas (lucros). E este seria o verdadeiro motivo do sucesso conseguido por Romero Britto, pois, ao criar um meio (consumo) onde existe a possibilidade da propagação do seu trabalho, a indústria cultural se sente atraída e investe no seu potencial estético. Uma teorização e mobilização conceitual (mesmo a mais profunda) não seria suficiente para explicar todo o uso das artes plásticas de Romero Britto como recurso visual na publicidade, uma vez que a publicidade encontra-se na constante busca por soluções estéticas diferentes e originais, e que acaba transformando o espaço artístico em comercial e o comercial em artístico.
A partir dessa pesquisa foi possível analisar as artes plásticas de Romero Britto e sua relação com a publicidade e com os bens de consumo, bem como os fatores envolvidos na criação artística desse artista. Constataram-se possíveis motivos pelo qual Romero Britto tornou-se uma figura tão recorrente como solução visual: bons sentimentos na sua temática e sua simplicidade estética e conceitual. A arte Britto se torna “agradável” pois remete o consumidor de seu trabalho ao universo perfeito (belas-artes) de sentimentos idealizados por grande parte da população. Britto exerce uma nova ordenação da sensibilidade artística, sem deixar de produzir o sentimento de caoticidade (imprevisibilidade da informação estética). A composição artística de Britto e a sua falta de complexidade interpretativa (signos ocultos, ironias, metáforas) leva o público a acreditar que sua arte pode ser próxima ou íntima, que pode ser adquirida através dos bens de consumo por uma parcela social bem maior do que a parcela que conseguiria consumir sua arte através da compra de seus quadros ou através de exposições em galerias e museus. Os elementos dos quadros de Romero Britto humanizam e fornecem o status de “pequenas obras” aos produtos. O casal sorrindo, os animais, plantas e demais elementos dão vida às marcas, aumentando o poder de sedução dos bens de consumo. A sedução das obras de Britto deriva, além da estética, da suspensão do mundo real (e não perfeito). CONCLUSÕES
Com a reprodutibilidade técnica a sociedade obteve a oportunidade de ter, mais próximo de si, expressões culturais antes distantes ou apenas imaginadas. A promoção desse desejo de aproximação move a sociedade e a leva, conseqüentemente, a um consumo que vai além dos simples bens de consumo, chegando a “produtos” antes nunca consumidos, mas sim, apreciados, contemplados e sacralizados como “a” arte. A arte transforma-se, assim, em mais um produto da indústria cultural. A publicidade usa o “mundo perfeito” de Britto para que o produto ou a marca se torne humanizado, fornecendo-lhe uma alma. A intersecção entre a publicidade e as artes plásticas de Britto ocorre devido ao uso da arte não mais como apreciação, contemplação e interpretação, mas como função e artifício para a ampliação das vendas (lucros). E este seria o verdadeiro motivo do sucesso conseguido por Romero Britto, pois, ao criar um meio (consumo) onde existe a possibilidade da propagação do seu trabalho, a indústria cultural se sente atraída e investe no seu potencial estético. Uma teorização e mobilização conceitual (mesmo a mais profunda) não seria suficiente para explicar todo o uso das artes plásticas de Romero Britto como recurso visual na publicidade, uma vez que a publicidade encontra-se na constante busca por soluções estéticas diferentes e originais, e que acaba transformando o espaço artístico em comercial e o comercial em artístico.
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