Esplique os movimentos: movimentos contra a carestia e a campanha da anistia?
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O Movimento do Custo de Vida (MCV), que neste 2018 completa 40 anos, resultou da articulação de mulheres simples da zona Sul de São Paulo contra a carestia de alimentos e demais produtos essenciais. Com o apoio das Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica, sob a liderança do então cardeal arcebispo de São Paulo dom Paulo Evaristo Arns, a partir de 1973 foram organizados os Clubes de Mães da Zona Sul, na periferia de São Paulo, nos quais teve origem o MCV. Após diversas ações, como pesquisa dos trabalhadores em duas mil casas sobre o custo de vida, articulação de um abaixo-assinado pedindo congelamento de preços, aumento de salários, mais creches e escolas, no dia 27 de agosto de 1978 houve a entrega simbólica do abaixo-assinado na Praça da Sé, em São Paulo, contendo 1,3 milhões de assinaturas. O ato reuniu cerca de 20 mil pessoas, entre os articuladores do movimento, políticos, religiosos e artistas.
A Campanha pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita é reconhecida como o primeiro movimento nacional unificado contra a ditadura. Surgidos em meio à conjuntura de retomada das lutas de resistência no país que envolveram setores diversos da sociedade civil, os movimentos pela anistia afirmaram-se como o polo político mais articulado de resistência à ditadura no final dos anos 1970. Embora as ações a favor da anistia, mesmo que esparsas e intermitentes, possam ser identificadas desde os finais dos anos 1960, seria a partir de 1974/5 que o movimento cresce e adquire suas formas mais articuladas.