Escrever um texto narrativo de memórias, no qual uma pessoa adulta narra suas aventuras na infância. Lembre-se da estrutura do texto narrativo e do título texto deve ter, pelo menos, quatro parágrafos de 4 a 6 linhas cada.
Soluções para a tarefa
Me mudei de casa recentemente, e confesso que detesto mudanças. Em meio a tantas caixas e coisas para empacotar e tão pouco tempo para fazer tudo, elas costumam ser estressantes. Some isso a ter uma criança pequena e a data da mudança ser próxima as festas de fim de ano e o estresse dobra . Entretanto, desempacotar as coisas em minha casa nova, apesar de trabalhoso, trás uma ótima sensação de recomeço.
Estava eu ontem, acabando de guardar algumas caixas em meu novo escritório quando minha filha Clara se aproximou para me ajudar. Ela é uma garotinha bastante curiosa, e quando notou meu antigo álbum de fotografias no fundo de uma caixa resolveu abandonar sua missão original e se pôs a observar as fotos.
-Ei, papai?- ela chamou, me fazendo desviar minha atenção dos livros que colocava na estante. Em suas mãos, Clara segurava uma foto minha, quando tinha mais ou menos a idade dela, seis anos- Quem é esse garotinho na foto?
Tomado pela nostalgia, me sentei no chão ao seu lado e peguei a foto para explicar:
-É o papai, acredita?- vejo a fotografia mais de perto. Na foto, estou de pijama segurando uma grande caixa com um laço vermelho, em frente á uma árvore de natal demasiadamente decorada. Minha mãe tinha muitos enfeites e a todo ano compra novos, o que sempre faz com que a árvore fique cheia de vida. Mas o que se destaca na imagem é a minha expressão, um misto de felicidade e surpresa- eu tinha a sua idade nessa época.
-Era natal?-Clara pergunta.
-Sim, me lembro perfeitamente desse dia!
-E o que tinha dentro?-ela aponta para a caixa nas minhas mãos.
-O melhor presente de natal que seu pai poderia ganhar. Quando eu era criança, sempre quis ter um cachorrinho, mas sua avó não gostava muito da ideia. Depois de alguns meses insistindo ela finalmente disse que iria pensar no assunto, mas depois não disse mais nada. Já estava me conformando de que não ganharia cachorro algum e que infelizmente meu sonho não se realizaria...
-E o quê aconteceu?
-Bem, na manhã de natal, quando desci as escadas correndo em direção a árvore, encontrei essa caixa gigante. Seu avô logo apareceu com a câmera e minha mãe me pediu para segurar a caixa para uma foto antes de abri-la. Quando levantei a caixa, notei que haviam furos redondos na parte de trás, mas antes que eu pudesse prestar muita atenção sua avó insistiu para que eu olhasse pra câmera e dissesse "Xis". Mas bem na hora que seu avô apertou o botão da câmera...-faço uma pausa dramática para causar suspense.
-O que houve papai?-Clara diz, chacoalhando meu braço.
-Bem, a caixa latiu- não consigo conter as risadas- na verdade, o cãozinho dentro dela. Estou com essa expressão na foto pois fiquei muito surpreso e animado.
-Uau...você não se assustou?
-Um pouco, mas logo percebi que era um cachorro- procuro mais fotos no álbum- depois eu abri a caixa e deixei que o filhote saísse. Nessa outra foto, ele já estava nos meus braços...sua tia Tatiana queria chama-lo de Max, e seu tio Carlos queria que ele se chamasse Trovão. Mas como o cachorro era meu, chamei ele de biscoito.
-Por que biscoito?
-Porque o papai ama biscoito!-explico.
-E o que aconteceu com o biscoito?
-O biscoito viveu por mais 16 anos...é bastante tempo para um cachorro. Cheguei até a leva-lo comigo quando me mudei para fazer faculdade, mas a saúde dele foi ficando fraca e agora ele é uma estrelinha.
Lembrar de meu cãozinho me deixou um pouco emocional. Foram momentos incríveis do lado dele.
-Huum, que triste. Mas não se preocupe papai, agora ele é uma estrelinha brilhante!
-Sim- respondo- mas valeu a pena, o biscoito era muito companheiro.
Clara reflete um pouco e depois pergunta:
-Papai, eu posso ganhar um cachorrinho no natal?
Fico em silêncio por alguns instantes, considerando o pedido enquanto ela aguarda a resposta em expectativa.
-Vou pensar!-dou uma piscadela e ela sorri- mas sua mãe também tem que aprovar a ideia, então se comporte!
-Isso!-ela comemora -eu posso chamar ele de tapioca?
-Tapioca Clara?
-Sim, eu gosto de tapioca!
Começamos a rir e chego a conclusão de que ela merece um cachorrinho e memórias tão incríveis quanto as que eu tive com o Biscoito.
Espero que tenha ajudado (hey, você pode resumir um pouco e eu sugiro que você utilize o texto apenas de base para alterar e criar o seu próprio, inclusive não tenho certeza total de que ele se adequa corretamente ao tema, mas foi divertido escrever. E claro, se atente aos meus erros de escrita porque apesar de ter revisado algo pode ter ficado errado. Boa sorte e boas notas!)