Biologia, perguntado por FranRuthesz, 9 meses atrás

escrever no mínimo 15 linhas sonhe: meio ambiente e ações da humanidade sobre os ecossistemas.​

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Respondido por brancabg2007
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Resposta:

Na nossa sociedade globalizada, praticamente não existem ecossistemas que não tenham sido moldados pelo ser humano e tão pouco seres humanos totalmente independentes dos ecossistemas e dos serviços que providenciam. O problema é que muitos de nós aparentamos viver dissociadas da natureza e ter esquecido que as nossas economias e sociedades estão indissoluvelmente ligadas ao planeta e aos ecossistemas de suporte de vida que nos proporcionam uma clima estável, água potável, fibras e muitos outros bens e serviços. Urge restabelecer a nossa ligação com a natureza e começar a contabilizar e gerir o capital natural de um modo sustentável.

Desde o início do século XIX, a população mundial tem aumentado significativamente, passando de mil milhões para sete mil milhões de pessoas. O aumento da população prossegue, embora a um ritmo mais lento. Nos últimos 200 anos, e em particular após o fim da Segunda Guerra Mundial, vários fatores, como o desenvolvimento económico, invenções, novos medicamentos e a cooperação internacional, contribuíram para a melhoria do nível de vida e da saúde de um número cada vez maior de pessoas. No entanto, mil milhões de pessoas vivem em absoluta pobreza, enquanto que três mil milhões sobrevivem com menos de 2,5 dólares por dia.

Durante o mesmo período, as florestas, lagos, mares e outros ecossistemas começaram a dar sinais inequívocos de degradação. Em 2005, as Nações Unidas publicaram a Avaliação dos Ecossistemas do Milénio (AEM), o primeiro estudo à escala global sobre o estado dos ecossistemas do mundo. O diagnóstico foi claro: nos últimos 50 anos, a crescente necessidade humana de alimentos, água doce, madeiras, fibras e combustíveis transformou os ecossistemas da Terra a um ritmo e magnitude sem precedentes. O estudo concluiu que cerca de 60 % dos serviços ecossistémicos necessários para o bem-estar humano estão a ser degradados ou utilizados de forma insustentável. Esta degradação poderá vir a agravar-se durante a primeira metade do presente século e constitui um sério obstáculo para a redução da pobreza global e a prossecução dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.

Tudo está interligado

No meio deste cenário sombrio, a AEM trazia também consigo algumas boas notícias. Contribuiu para uma melhor compreensão das relações entre o progresso humano, o desenvolvimento económico e a gestão dos ecossistemas no mundo. Em vez de abordar separadamente as questões relativas ao ambiente e ao desenvolvimento, a AEM ajudou a clarificar que as pessoas e as sociedades são, de facto, partes inseparáveis daquilo a que chamamos “biosfera”: o ecossistema global que envolve todos os seres vivos na Terra e na atmosfera. A AEM sublinhava igualmente a importância de atribuir um valor económico aos bens e serviços da natureza. O estudo concluí que a erradicação da pobreza e o desenvolvimento económico no futuro só podem ser atingidos através de uma ênfase mais forte na boa gestão dos ecossistemas e da sua capacidade de gerar serviços absolutamente vitais.

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