Português, perguntado por eriklevadoa, 8 meses atrás

Escreva uma redação sobre o texto FELICIDADE CLANDESTINA

(...) Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como
casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso,
meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de
minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar
num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela
não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos,
disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo.
Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar
pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a
promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo
mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e
diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a
resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais
tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte’ com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não
escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes
adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando
danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro
esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que
não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. (...)
PROPOSTA
O texto acima é o relato da menina enganada. Agora, imagine que você é a filha do dono da livraria. Produza um
texto narrativo contando a versão da menina enganadora sobre os acontecimentos.
As perguntas a seguir podem ajudar na produção: Como você criou esse plano? Por que desejava torturar a sua
colega? Como se sentia ao enganar a menina?
Instruções:
 Elaborar um título;
 Escrever entre 15 e 30 linhas.

Soluções para a tarefa

Respondido por 15bia224
2

Qual é a redação predominante no conto felicidade clandestina?

https://brainly.com.br/tarefa/15411011?utm_source=android&utm_medium=share&utm_campaign=question


eriklevadoa: Não entendi
15bia224: tá no site dessa menina ai meu bem
15bia224: eu te ajudei?
eriklevadoa: Mais ou menos pq oq eu to pedindo é o ponto de vista da filha do dono da livraria e produzir um texto narrativo dela
15bia224: vixi
15bia224: tá difícil kk
eriklevadoa: é verdade
eriklevadoa: kk
15bia224: kk
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