escreva uma lenda da cultura gaúcha em que apareça traços de religiosidade
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Resposta:
Em
tempos idos, sobre os quais as gentes não guardam mais lembranças, houve uma noite comprida e escura como breu que foi tomada por um grande dilúvio. Os campos foram inundados, as lagoas subiram e se alargaram e todo aquele peso d'água correu para as sangas e das sangas para os arroios que ficaram bufando campo afora, afogando as canhadas, batendo no lombo das coxilhas. Poucos bichos escaparam, quase tudo morreu. Terneiros e pumas, tourada e potrilhos, perdizes e guaraxains, tudo... Mas a cobra-grande, chamada pelos índios de Guaçu-boi, escapou. Tinha se enroscado no galho mais alto da mais alta árvore e lá ficou até que a enchente deu de si e as águas começaram a baixar e tudo foi serenando.
Vendo aquele mundo de bichos mortos, a Guaçu-boi, louca de fome, achou o que comer. Mas – coisa estranha! – só comia os olhos dos mortos.