Escreva uma crônica sobre velhice
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Quanto mais a minha hora se aproxima, mais tenho consciência da finitude humana. E temo. Portanto, nao sei se temoa morte em si ou apenas o sofrimento que o processo de morrer pode acarretar. Tambem nao desprezoa hipotese de que esse medo seja unicamente uma manifestação do instinto de sobrevivencia.
Por outro lado, uma perspectiva da finitude tambem traz uma sensacao de alivio. Uma repetição torna a vida dificil ao longo dos anos. Dia apos dia a mesma coisa. E a constatação de que, aos poucos, se esvaem como ilusões e como perspectivas de grandes realizações ou descobertas gratificantes. Os gregos antigos, a quem a nossa civilizacao tanto deve, tinha o mito de Sisifo, condenado pelos deuses a rolar uma pedra montanha acima, a qual despencava montanha abaixo tao logo atingia o cume. A punição era repetir ad aeternum.
Claro que os jovens nao entendem, nisso consiste a juventude. E por pensarem assim serao os autores das grandes realizacoes e descobertas idem. Obvio que o fato deles nao estarem tao vulneraveis como dores nas juntas e a vista cansada tambem ajuda bastante.
[Apesar das desvantagens físicas, e das perdas afetivas, somos mais livres na velhice. E uma vantagem e tanto. Mas e preciso lutar para não perder a curiosidade e a alegria, porque quem perde a curiosidade e a alegria esta morrendo antes da hora. E fundamental rir, conviver, sair de casa, atualizar-se, participar da vida.
A velhice nao e coisa que acontece de um dia para o outro, a gente acorda de manha e, voila!, Esta velho. Ela e traicoeira e insidiosa, instala-se devagarinho, sem pedir licenga. Comecam a nos chamar de senhores, algumas músicas da nossa adolescência são consideradas dos "anos dourados" ou lance parecido, descobrimos que vivenciamos fatos que ja viraram materia escolar. Outro dia alguém mencionou Tancredo Neves numa roda de amigos. Houve quem não entendesse, mas logo se lembrou de ter estudado o assunto no colégio.Para mim era uma observação normal, para ele Historia . Nao posso culpa-lo: também sinto dificuldade lembrar-me dos presidentes anterioresa Getúlio Vargas. mas tudo se repete. Os jovens de hoje serao os velhos de amanha, so ainda nao percebam.
Nao interpretem meus comentarios como um desejo de volta a juventude, muito pelo contrario: dela so me interessaria atualmente o vigor fisico. Existe um conto de Machsis " segunda vida ”onde, atraves de um homem tido por louco, ele explora o tema de como a vida seria terrivel se pudessemos renascer num novo corpo,
Apesar das desvantagens físicas, e das perdas afetivas, somos mais livres na velhice. E uma vantagem e tanto. Mas e preciso lutar para não perder a curiosidade e a alegria, porque quem perde a curiosidade e a alegria esta morrendo antes da hora. E fundamental rir, conviver, sair de casa, atualizar-se, participar da vida.
A velhice nao e coisa que acontece de um dia para o outro, a gente acorda de manha e, voila!, Esta velho. Ela e traicoeira e insidiosa, instala-se devagarinho, sem pedir licenga. Comecam a nos chamar de senhores, algumas músicas da nossa adolescência são consideradas dos "anos dourados" ou lance parecido, descobrimos que vivenciamos fatos que ja viraram materia escolar. Outro dia alguém mencionou Tancredo Neves numa roda de amigos. Houve quem não entendesse, mas logo se lembrou de ter estudado o assunto no colégio.Para mim era uma observação normal, para ele Historia . Nao posso culpa-lo: também sinto dificuldade lembrar-me dos presidentes anterioresa Getúlio Vargas. mas tudo se repete. Os jovens de hoje serao os velhos de amanha, so ainda nao percebam.
Nao interpretem meus comentarios como um desejo de volta a juventude, muito pelo contrario: dela so me interessaria atualmente o vigor fisico. Existe um conto de Machsis " segunda vida ”onde, atraves de um homem tido por louco, ele explora o tema de como a vida seria terrivel se pudessemos renascer num novo corpo, mas conservando tudo que aprendemos ao longo da vida anterior. Em se tratando de Machado, nem preciso dizer que recomendo a leitura, embora o conto seja apenas umas brincadeira séria do autor.
Eis-me assim dividia entre considerar a juventude eterna uma dádiva ou uma condenação. Mas, leitor, para que serve toda essa conversa? Só se for para provar mais uma vez que nós, pobres humanos, estamos sempre nos debatendo inutilmente.
Esqueça. Melhor deixar a vida nos levar, como na canção