Escreva um texto sobre o trabalho na sociedade egípcia
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A sociedade egípcia era extremamente hierarquizada. São raros os exemplos de pessoas de determinadas classes sociais mais baixas que ascenderam na vida[1]. O comum era que o pai/mãe ensinasse a sua função para os seus filhos porque tinham a certeza de que seriam sucedidos por eles
A maioria das funções tinham como objetivo suprir as necessidades do Estado tanto no âmbito político-religioso – como era o caso dos sacerdotes, escribas, militares, artesãos, etc. – como para a subsistência/sobrevivência – agricultores, administradores, médicos, etc
Algo que se tem que levar em consideração é que cargos isolados nos dias de hoje no Egito Antigo poderiam ser exercidos por somente um indivíduo, por exemplo, um general estaria apto a exercer também o cargo de arquiteto ou escriba.
Todos recebiam pagamento, que eram feitos através de escambo ou da permuta. É aqui onde entra a questão da escravidão no Egito, tão impregnada no senso comum graças a décadas de uma literatura acadêmica não revisada sobre o tema. Esse é, assim como muitos outros, um assunto muito nebuloso e que requer mais atenção por parte dos pesquisadores. Existia no país um sistema de servidão imposto tanto para o indivíduo egípcio como para o estrangeiro. A servidão nesta área do mundo é algo que necessita ser pensada a parte de outras sociedades as quais eles foram contemporâneos, principalmente porque o sentimento de liberdade entre os egípcios era visto de uma forma diferente, especialmente para os parâmetros modernos.
Já outro tema tem recebido muito mais atenção: alguns artigos e livros têm discutido nos últimos anos a importância do gênero em relação as divisões de trabalho. Não existe um consenso sobre, por exemplo, as limitações que poderiam ser impostas às mulheres, embora saibamos que profissões usualmente vistas como femininas nos dias de hoje não o era na antiguidade egípcia, como era o caso do cozinheiro ou camareiro.
Em algumas iconografias crianças podem ser vistas exercendo algumas atividades ao lado dos pais. Elas começavam com coisas fáceis e simples e com o tempo exerciam atividades mais complexas. Contudo, sabe-se de um caso de trabalho infantil durante o final do Novo Império que foi questionado por seus contemporâneos, onde uma família foi criticada por manter uma criança como empregada doméstica (FROOD, 2010).
Direito para os trabalhadores:
Os remanescentes ósseos nos proporcionaram algumas surpresas desagradáveis em relação a populações mais simples, em especial aqueles indivíduos relacionados com as grandes construções: no sítio arqueológico de Amarna, por exemplo, foram encontradas nos ossos marcas de stress provocadas por grandes esforços físicos e anemia severa (ROSE, 2006). E em Gizé exemplos de ossos fraturados por conta de acidentes de trabalho foram identificados [2].
Apesar da visão pouco amistosa que esses trabalhos mais pesados nos proporcionam, no próprio platô de Gizé foi notado que alguns desses mesmos ferimentos foram imediatamente tratados. Evidências arqueológicas inclusive sugerem que médicos estavam disponíveis para tratar os trabalhadores
A maioria das funções tinham como objetivo suprir as necessidades do Estado tanto no âmbito político-religioso – como era o caso dos sacerdotes, escribas, militares, artesãos, etc. – como para a subsistência/sobrevivência – agricultores, administradores, médicos, etc
Algo que se tem que levar em consideração é que cargos isolados nos dias de hoje no Egito Antigo poderiam ser exercidos por somente um indivíduo, por exemplo, um general estaria apto a exercer também o cargo de arquiteto ou escriba.
Todos recebiam pagamento, que eram feitos através de escambo ou da permuta. É aqui onde entra a questão da escravidão no Egito, tão impregnada no senso comum graças a décadas de uma literatura acadêmica não revisada sobre o tema. Esse é, assim como muitos outros, um assunto muito nebuloso e que requer mais atenção por parte dos pesquisadores. Existia no país um sistema de servidão imposto tanto para o indivíduo egípcio como para o estrangeiro. A servidão nesta área do mundo é algo que necessita ser pensada a parte de outras sociedades as quais eles foram contemporâneos, principalmente porque o sentimento de liberdade entre os egípcios era visto de uma forma diferente, especialmente para os parâmetros modernos.
Já outro tema tem recebido muito mais atenção: alguns artigos e livros têm discutido nos últimos anos a importância do gênero em relação as divisões de trabalho. Não existe um consenso sobre, por exemplo, as limitações que poderiam ser impostas às mulheres, embora saibamos que profissões usualmente vistas como femininas nos dias de hoje não o era na antiguidade egípcia, como era o caso do cozinheiro ou camareiro.
Em algumas iconografias crianças podem ser vistas exercendo algumas atividades ao lado dos pais. Elas começavam com coisas fáceis e simples e com o tempo exerciam atividades mais complexas. Contudo, sabe-se de um caso de trabalho infantil durante o final do Novo Império que foi questionado por seus contemporâneos, onde uma família foi criticada por manter uma criança como empregada doméstica (FROOD, 2010).
Direito para os trabalhadores:
Os remanescentes ósseos nos proporcionaram algumas surpresas desagradáveis em relação a populações mais simples, em especial aqueles indivíduos relacionados com as grandes construções: no sítio arqueológico de Amarna, por exemplo, foram encontradas nos ossos marcas de stress provocadas por grandes esforços físicos e anemia severa (ROSE, 2006). E em Gizé exemplos de ossos fraturados por conta de acidentes de trabalho foram identificados [2].
Apesar da visão pouco amistosa que esses trabalhos mais pesados nos proporcionam, no próprio platô de Gizé foi notado que alguns desses mesmos ferimentos foram imediatamente tratados. Evidências arqueológicas inclusive sugerem que médicos estavam disponíveis para tratar os trabalhadores
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