Português, perguntado por antunescristina081, 4 meses atrás

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Respondido por daymoraesguedes
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Resposta:Hoje acordei diferente. Como sempre, de bom humor. Mas neste dia, em especial, de ótimo humor. Em paz total com a vida. Mas algo estava mudado em minha essência. Em minha natureza. Senti renascer. Senti que se atinge o céu em um passo lento porém contínuo. Sem paradas ou descidas. Sempre em rumo reto, degrau por degrau, etapa por etapa. E sendo assim, senti a maior alegria do mundo, e a maior alegria que um gaudério parido nestes campos do garrão da pátria pode sentir. Senti que nasci pra ser colorado. Nasci para envolver em meu pescoço o lenço vermelho rubro. Nasci para trajar o manto de cor encarnada em minha pele. E pelear por ele. Até que não me reste mais forças e o sobrenatural faça sua parte. Até que tudo possa parecer perdido, e em uma demonstração incomum de força e comunhão, se reverta tudo. Se transforme o universo em um pátio para comemoração. Um quintal de sua propriedade. Uma representação de tudo o que lhe pertence.

Ser colorado é vislumbrar um nascimento mágico, em que se buscava a identidade de clube do povo e sua representação. Em que se buscava ser o máximo que algo possa ser. Mas tudo isso sem perder a identidade. Sem menosprezar, mas sim desafiar e vencer. Sem diminuir, mas buscar forças para se superar e superar as adversidades.

Ser colorado é vislumbrar um time com apelido de máquina. Que realmente maquinava, patrolava, esmagava seus adversários. Que entrava em campo e a dúvida era saber qual o placar. Que passeava, com humildade mas consciência, um futebol total. Isso em tempos de guerra e precariedades.

Ser colorado, é vislumbrar uma equipe que tomou de assalto um país, mostrando como se jogar um futebol perfeito e plástico, sem perder a garra. Sem dar margem a oportunidades. Apenas jogar por amor à um manto rubro, cor de sangue, que do sangue veio e ao sangue sempre tornará.

Ser colorado é ver um Celeiro de Ases produzir craques em série, sem nunca deixar de imprimir em seu DNA a essência de ser colorado. E vê-los também contribuir com quem lhe ensinou os verdadeiros segredos de ser campeão. Da maneira mais nobre possível. Erguendo canecos.

Ser colorado é ver jogadores que até não seriam grandes figuras do futebol se transformarem em ídolos, mediante devoção metafísica à mística da camisa rubra cor de sangue, que os transforma em profissionais respeitados e para sempre reconhecidos pelo que fizeram na obra maior, que sempre foi e sempre será o Gigante do RS.

Ser colorado é presenciar insucessos sabendo que se transformarão em lição para os futuros sucessos. Que esperar pode ser sinônimo de prosperar. Que para os grandes, a fila é curta. Que o sucesso sempre aguarda, por mais que os caminhos sejam tortuosos.

Ser colorado é chorar até não poder mais, até que não reste mais uma lágrima sequer para ser derramada. Mas de alegria. De satisfação.

Ser colorado é ver quem veste vermelho como um irmão, um pai, uma mãe. Ser colorado é saber que o sangue que corre nas veias não é vermelho por acaso. E saber que quem o derrama, está prestando uma espécie de devoção por isso. Pois se sabe que o sangue é vermelho por conter ferro. Ferro e fibra. Sinônimo de coragem dos gaudérios que peleiam pela bandeira rubra. Desde os onze que pisam o gramado até os milhões que sapateiam nas arquibancadas do sagrado concreto do Gigante da Beira Rio, ou nos bares, ginásios e afins.

Ser colorado é ter orgulho de há 100 anos sempre ser elite. Sempre ser respeitado por não ter uma mancha em sua ilibada história. Sempre honrar o povo que te carrega.

Ser colorado é o ápice do gauchismo. Ter a ciência de que manda em seu costado e que ninguém terá a ousadia de desrespeitá-lo. Se o fizer, pagará da maneira mais simples: dentro de campo, onde o couro come e o resultado final já é sabido. Há mais de 60 anos.

Enfim, ser colorado é o supra sumo de ser gaúcho. Sem querer menosprezar ninguém, mas ser colorado é uma dádiva. E ela somente poderia ser devotada a quem realmente a merece.

E todos nós, Pele Vermelha, a merecemos.

E a devotamos.

A amamos.

E a respeitamos.

A defendemos.

E a honramos.

 

Parabéns, Sport Club Internacional de minha vida. De nossas vidas.

Explicação:


antunescristina081: não e essa
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