Geografia, perguntado por AnaJuliaWathier, 8 meses atrás

Escreva um texto sobre a Europa, destacando fluxos migratórios, causas da imigração, imigração ilegal, xenofobia e racismo.

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Respondido por taki67
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Resposta:

No primeiro momento os imigrantes eram oriundos da própria Europa, de países como Portugal, Espanha, Itália e Grécia, que se dirigiram às nações mais desenvolvidas industrialmente com intuito de se colocar no mercado de trabalho. As vagas que surgiam nessas indústrias eram direcionadas a trabalhadores que não tinham uma boa qualificação, dessa forma recebiam baixos salários, geralmente não existia vínculos empregatícios, uma vez que eram trabalhos sazonais.

Atualmente, existem em muitos países de atração movimentos contrários aos imigrantes, em Portugal, por exemplo, há grupos xenófobos, embora sejam poucos. Apesar disso, ocorre um intenso fluxo de imigrantes e, automaticamente, uma saturação no mercado de trabalho. Tal fato provavelmente produzirá reflexos como os que ocorrem na França, com iniciativas radicais e até mesmo violentas.

Os movimentos xenófobos vêm crescendo gradativamente, especialmente a partir dos anos 80 com as crises econômicas que ocorreram nessa década e nos anos 90 com o aumento do desemprego em escala global. Segundo os líderes e adeptos desse tipo de movimento, essa aversão aos imigrantes não se deve a preconceitos por origem, e sim pela preocupação com a perda de identidade cultural, a competividade entre um nativo e um imigrante, pois o último se sujeita a menores salários e condições precárias de trabalho, isso força uma deflação geral. Além disso, a entrada da religião mulçumana na Europa é vista como uma ameaça, principalmente após os ocorridos em 11 de setembro nos EUA.

Esse tipo de discriminação por parte da população da Europa, especialmente da parte ocidental, tem proporcionado o crescimento e a atuação de grupos denominados de ‘neonazistas’. Esses chegam a ser extremistas, na Alemanha ocorre uma grande incidência de atentados a imigrantes.

Infelizmente, as narrativas na mídia e nos currículos escolares fizeram muito pouco para transformar a maneira como as pessoas veem a noção de raça. Para mim, a mensagem do meu amigo perguntando se eu estava feliz por morar na Alemanha ignorava claramente o racismo cotidiano neste país. Em 2017, os negros foram identificados no Plano de Ação Nacional da Alemanha contra o Racismo (Nationaler Aktionsplan gegen Rassismus) como um dos cinco grupos sociais com maior risco de sofrer racismo. Mas isso só ocorreu após anos de pressão do Comitê das Nações Unidas para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, que afirmou repetidamente que Berlim não estava fazendo o suficiente para combater o problema.

Na Europa. a Alemanha não está sozinha. É impressionante a falta de sensibilização e conscientização pública sobre o racismo no continente. E é difícil obter uma noção clara de como a discriminação racial afeta as pessoas de cor no continente europeu, porque esses dados não são coletados, com exceção do Reino Unido.

Os imigrantes ilegais a residir na Europa em 2017 eram pelo menos 3,9 milhões, o que corresponde a menos de 1% da população, e metade deles vivia na Alemanha e no Reino Unido, segundo um estudo publicado esta quarta-feira.

A crise de 2015-2016 desencadeou fatores que o estudo aponta como causas do decréscimo de ilegais: o encerramento da rota dos Balcãs por vários países da Europa Central, o acordo entre a União Europeia (UE) e a Turquia para impedir os migrantes de entrar em território europeu e a concessão de asilo, sobretudo pela Alemanha, a centenas de milhares de refugiados sírios, iraquianos e afegãos.

Nos últimos anos a Europa teve de responder ao desafio migratório mais grave desde a Segunda Guerra Mundial. Em 2015 foram registados na UE 1,25 milhões de requerentes de asilo; em 2019, este número diminuiu para 612 700 requerentes. Em 2019, mais de 120 000 pessoas chegaram à Europa por via marítima, em comparação com mais de um milhão em 2015. Em 2019, o número total de passagens ilegais de fronteiras na UE diminuiu para 141 700 - o seu nível mais baixo em seis anos e 92% abaixo do pico da crise migratória de 2015.

Embora os fluxos migratórios tenham diminuído, a crise veio expor as deficiências do sistema europeu de asilo. Para combater esta situação, o Parlamento propôs reformas para as regras da UE em matéria de asilo em 2017 e tentou reforçar os controlos nas fronteiras da UE.

Esse fluxo migratório atingiu níveis críticos ao longo de 2015, com um aumento exponencial (de centenas de milhares de pessoas) tentando entrar na Europa e solicitando asilo, fugindo de seus países, devido a guerras, conflitos, fome, intolerância religiosa, terríveis mudanças climáticas, violações de direitos humanos, desesperança e outros, e somando-se a tudo isso, uma ação massiva de intimidamento, violência e opressão executadas por grupos que controlam o tráfico ilegal e exploram esses migrantes totalmente vulneráveis.

Explicação:

Espero ter ajudado!!

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