Escreva um texto dissertativo sobre a vacinação contra o Corona vírus.
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Vacinas contra o coronavírus: 5 pontos que todo mundo deve saber
Especialistas discutem a eficácia mínima que uma vacina para a Covid-19 deve ter, questões de segurança, particularidades para certas populações...
Por Daniella Grinbergas e Gustavo Grohmann
5 jan 2021, 15h17 - Publicado em 21 out 2020, 16h02
A corrida pela vacina contra a Covid-19 traz uma mistura de animação com incerteza. Aí que entra um artigo publicado no periódico científico Journal of American Medical Association (JAMA), dos médicos americanos Jesse Goodman, John Grabenstein e Miles Braun. Ele aborda questões-chave que todos nós devemos ficar de olho ao encarar as candidatas à vacina contra Covid-19 (Sars-CoV-2). O texto vai da eficácia mínima à necessidade de medidas de segurança mesmo após a imunização.
Veja Saúde reuniu as principais informações desse artigo, contextualizando-as de acordo com o cenário brasileiro. Confira:
1. Qual a taxa mínima de eficácia da vacina?
Segundo a Food and Drug Administration (FDA), agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, uma vacina contra essa pandemia só será licenciada por lá se tiver provas de que previne ou reduz a gravidade da doença em pelo menos 50% das pessoas vacinadas.
Aqui no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estipulou um limite mais alto: 70%. Entretanto, no final de setembro, já havia sinalizado que poderia aprovar uma vacina com 50% de eficácia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) adota uma postura semelhante.
Apesar de parecer pequena, essa porcentagem já ajudaria a reduzir a disseminação do Sars-CoV-2, principalmente em um cenário carente de alternativas. Mas claro: imunizantes que se mostrarem mais potentes substituiriam os mais fraquinhos no futuro.
Porém, os especialistas americanos alertam que todo estudo possui uma margem de erro. Se um experimento indica que uma vacina tem 50% de eficácia, esse número pode na realidade ser de 30%, por exemplo. Ou de 80%. Só mais estudos e um acompanhamento prolongado da população imunizada trarão precisão aos dados.
Além disso, é importante investigar se as vacinas só evitariam casos leves, ou se também impediriam os episódios mais graves da Covid-19. E se reduziriam hospitalizações e mortes. Atualmente, há quem critique algumas das pesquisas conduzidas no momento por prestarem menos atenção a esses pontos.
2. Os padrões de segurança
A FDA exige que mais de 15 mil pessoas sejam vacinadas e acompanhadas por tempo suficiente para o aparecimento de eventuais reações adversas. A agência ainda demanda a divulgação de todos os dados de segurança e de uma revisão criteriosa feita por especialistas sem interesses financeiros nos estudos.
Embora desconfortáveis, sintomas como dor local, febre e fadiga são aceitáveis diante de um produto com potencial para evitar infecções graves. No entanto, problemas graves observados em pessoas que tomaram as vacinas devem ser investigados a fundo para ver se de fato tem a ver com a picada.
Só que tem uma questão aqui: “Os pacientes devem entender que possíveis eventos adversos raros às vezes são detectados apenas quando a vacina é usada de maneira abrangente pela população”, escrevem os autores do artigo publicado no JAMA. Isso significa que, mesmo após a aprovação das vacinas, é importante que as autoridades sigam monitorando seus efeitos positivos e negativos, até para potencializar os benefícios e minimizar ainda mais os riscos. Essa é uma prática comum a outros medicamentos, aliás.
Bom dia