Escreva um comentário dissertativo sobre "Adaptação de obras adultas para a adolescentes pffffff ate 11:40
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Editoras atenuam livros para pœblico adolescente De todos os horrores vivenciados por Louis Zamperini durante a Se- gunda Guerra Mundial, incluindo a queda de um avião no Pacífico, 47 dias à deriva no mar e dois anos em um campo para prisioneiros de guerra, o mais marcante foi quando um guarda japonês torturou e matou um pato. Esse episódio, relatado no best-seller “Invencível” (“Unbroken”, no original), de Laura Hillenbrand, também traumatizou muitos leitores, disse a autora. Por isso, quando estava escrevendo uma nova versão para jovens adultos, ela excluiu essa cena. “Eu ficaria muito perturbada se lesse isso quando tinha 12 anos”, comentou Hillenbrand. Inspirado no mercado florescente de romances para jovens adultos, um número crescente de biógrafos e historiadores está adaptando suas obras para torná-las palatáveis para essa faixa etária de leitores. Escritores de não ficção [...] estão tentando atenuar conteúdos perturbadores ou polêmicos em seus livros para conquistar esse público novo e impressionável. [...] atenuar Alguns educadores e especialistas em alfabetização questionam se versões infantis de títulos adultos de grande vendagem são de fato neces- sárias ou sequer uma boa ideia. Quando não havia esse tipo de livro, os jovens interessados em leitura simplesmente recorriam à versão adulta, um hábito ainda observado. “Um adolescente com boa formação e domínio de leitura provavel- mente apreciaria a versão adulta desses livros”, opinou Angela Frederick, bibliotecária de escola pública de Nashville. Certos bibliotecários continuam recomendando a edição adulta de um livro mesmo quando há uma versão infantil disponível, caso a adaptação seja demasiado simplificada. “Se tais adaptações eliminam controvérsias e supõem que os adolescentes não conseguem absorver ideias mais comple- xas, nós recomendamos a versão adulta”, disse Chris Shoemaker, presidente da Associação de Serviços de Biblioteconomia para Jovens Adultos..
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Resposta:
Explicação:
O aparecimento de uma literatura para leitores infantis e juvenis ocorre mais precisamente por volta do século XVIII, quando, aliado à burguesia (nova noção de família, centrada em um núcleo unicelular), vem à tona o conceito de “infância” e, consequentemente, o de criança. A burguesia separou a infância da idade adulta, vendo aquela como uma faixa etária diferenciada, com interesses próprios e formação específica. Os primeiros textos para crianças foram produzidos por pedagogos e professores, com marcante teor educativo – daí é que vem a associação da literatura infanto-juvenil com a escola e com a pedagogia, e a justificativa de alguns livros para crianças em circulação no Brasil, no início do século XIX, confundirem-se com obras didáticas.
Apesar de a origem desses textos ter acontecido por motivos pedagógicos, e não literários, a literatura infanto-juvenil originou alguns tipos de textos exclusivamente seus, como a história de animais ou como os contos de fadas.
É de adaptações de textos clássicos e de contos de fadas que provém e se fortalece a literatura para jovens leitores. Compilados pelo francês Charles Perrault, no século XVII, adaptando-os de narrativas populares e revestindo-as de valores da burguesia, e pelos famosos alemães Jacob e Wilhelm, conhecidos irmãos Grimm, no século XIX, os contos de fadas não foram escritos especialmente para as crianças bem como não faziam parte da educação burguesa. Esses contos, anônimos e, portanto, recolhidos do seio do povo – do folclore popular –, eram ligados às camadas inferiores e estabeleciam conexões entre a situação social e a condição servil. Assim, por meio desses materiais preexistentes, como os clássicos e os contos de fadas, essa literatura começou a constituir o seu acervo. Por possuírem um conteúdo onírico latente e abrigarem a presença do elemento mágico, que auxilia os personagens a vencerem dificuldades, por exemplo, os contos de fadas se mostraram mais apropriados aos leitores mirins. Dessa forma, o folclore europeu foi sendo constituído por narrativas de transmissão oral, cujo sucesso fez com que migrassem para diferentes partes do mundo.