escreva sobre os legados da escravidão na America
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Resposta:
Estima-se que o Brasil recebeu mais de 4 milhões de escravos africanos entre 1550 e 1850. A Lei Áurea, em 1888, encerrou a escravatura, mas deixou os negros à margem da sociedade. Deste forma, os afrodescendentes ainda são vítima do preconceito e da exclusão social, legado herdado da escravidão.
Após o segundo reinado (1889), a população negra foi explorada com empregos de baixa remuneração e sem nenhuma qualificação para exercer papel de maior relevância no mercado de trabalho. Além disso, até recentemente, o governo brasileiro não havia tomado nenhuma ação efetiva para promover a integração econômica e social dessa população. Visto que, o Estatuto Racial, marco jurídico contra as desigualdades, só foi sancionado em 2010.
Além disso, apesar de o racismo ser considerado crime em 1989, essa atitude é ainda latente no país. São frequentes as manifestações e as injúrias raciais, especialmente por meio das redes sociais. Um bom exemplo é o das ofensas proferidas contra a jornalista Maria Júlia Coutinho, do Jornal Nacional, em outubro de 2015.
Como a condição do negro no Brasil é decorrente de um processo histórico de exploração, cabe ao Estado intervir através de ações de políticas afirmativas. O estabelecimento de cotas raciais e sociais para os negros ingressarem em universidades e concursos públicos são medidas reparadoras para reduzir a desigualdade herdada desde a colonização. Por outro lado, a mídia, de uma forma geral, pode contribuir para a valorização da cultura afrodescendente, denunciando e incentivando o combate às atitudes racistas.
Explicação:
Resposta:
A utilização de escravizados negros, nas minas, fazia-se necessária em lugares onde não havia nativos à mão, a exemplo de Nova Granada, atualmente Colômbia, ou quando estes já haviam sido exterminados. Nas minas de prata de Potosi, por exemplo, ocorreu um verdadeiro morticínio, gerando preocupação, por parte da Coroa espanhola, e a ideia de utilizar – no lugar dos nativos-, escravizados africanos. Diante do alto custo monetário para comprá-los, por meio do tráfico negreiro, os castigos e maus-tratos poderiam diminuir por parte dos exploradores das minas. Acreditava-se que os senhores passariam a valorizar a mão de obra do escravizado, evitando, assim, o prejuízo financeiro com a morte devido a excessos físicos e a punições. Ao contrário de Portugal, a Coroa espanhola, para legitimar a presença de traficantes de escravizados, expedia o Asiento. Este documento permitia o tráfico negreiro que era realizado, por alguns homens específicos, num período preestabelecido.
No Brasil e na América Hispânica, a mão de obra africana foi utilizada principalmente na lavoura de exportação dentro do sistema de plantation. O dinheiro gasto na compra do escravizado antes que este produzisse, gerando lucro, levou o colono a explorar a mão de obra escrava até a completa exaustão. Esta era a forma de resgatar, num curto período, o valor pago pela mercadoria (o escravizado).
No sistema espanhol, o trabalho servil nos latifúndios agroexportadores – chamado de encomienda -, os nativos distribuídos, pela coroa, na condição de escravizados, eram forçados a se converterem a fé católica, e a Casa de Contratação era a responsável por arrecadar e fiscalizar os impostos. Visando a diminuir o contrabando do ouro, o sistema criou portos que controlavam, em suas colônias, a entrada e a saída de produtos da América. Os descendentes de espanhóis, que nasciam na América, eram chamados de criollos. Estes possuíam médias e grandes propriedades e atuavam no comércio. Os chapetones faziam parte do ápice da pirâmide social. Ocupando os cargos mais importantes, esta elite era composta pelos grandes proprietários.