Escreva sobre "A fotografias ás artes, século XIX".
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Resposta:
Se a arte brasileira do século XIX for analisada com vagar, serão notados três campos que tiveram que estabelecer amálgamas, mas que até o presente ainda não foram estudados como elementos desse conjunto complexo. Refiro-me às conexões que necessariamente tiveram de ser feitas entre o projeto de arte brasileira propugnado pela Academia Imperial de Belas-Artes (pautado na criação de uma iconografia enaltecedora do Estado Imperial e baseado nos códigos de representação consagrados pela tradição), o naturalismo e o realismo - tendências que, em maior ou menor grau, se opunham à idealização acadêmica, propondo como alternativa a esta última a captação "fiel" do real - e a formação paulatina de uma cultura visual nova no país, baseada no desenvolvimento das novas tecnologias de reprodução de imagens. A total complexidade da arte brasileira do século XIX somente será captada, portanto, se forem pensadas as conexões necessárias entre as "culturas da modernidade" - entendendo-se como tais o "naturalismo/ realismo" e as novas tecnologias da imagem - e o projeto conservador da Academia Imperial. Este texto não pretende, é claro, esgotar tal assunto, mas lançar algumas pistas para uma posterior avaliação mais detalhada da questão.
O estudioso Afonso Carlos Marques dos Santos, ao refletir sobre qual seria a missão que a Academia Imperial de Belas-Artes tinha para si, ainda no período regencial, escreve:
"O partido estético adotado pela Academia, os vínculos com o classicismo e a experiência artística e cultural de seus integrantes estarão diretamente imbricados com o problema da construção da civilização no Brasil da primeira metade do século XIX, onde a institucionalização do Estado autônomo compreendia, na contrapartida da afirmação política, uma espécie de missão civilizatória..."1
O comprometimento com esta missão civilizatória, identificada com a cultura européia (era esta a civilização a que a elite brasileira desejava dar prosseguimento no Brasil), a princípio, tornará a Academia tributária de uma visão de arte atrelada ao modelo mais conservador da produção européia, que tinha no respeito e no culto à Antigüidade clássica a sua base2.
Explicação:
Se a arte brasileira do século XIX for analisada com vagar, serão notados três campos que tiveram que estabelecer amálgamas, mas que até o presente ainda não foram estudados como elementos desse conjunto complexo. Refiro-me às conexões que necessariamente tiveram de ser feitas entre o projeto de arte brasileira propugnado pela Academia Imperial de Belas-Artes (pautado na criação de uma iconografia enaltecedora do Estado Imperial e baseado nos códigos de representação consagrados pela tradição), o naturalismo e o realismo - tendências que, em maior ou menor grau, se opunham à idealização acadêmica, propondo como alternativa a esta última a captação "fiel" do real - e a formação paulatina de uma cultura visual nova no país, baseada no desenvolvimento das novas tecnologias de reprodução de imagens. A total complexidade da arte brasileira do século XIX somente será captada, portanto, se forem pensadas as conexões necessárias entre as "culturas da modernidade" - entendendo-se como tais o "naturalismo/ realismo" e as novas tecnologias da imagem - e o projeto conservador da Academia Imperial. Este texto não pretende, é claro, esgotar tal assunto, mas lançar algumas pistas para uma posterior avaliação mais detalhada da questão.