Escreva em que pessoa se encontra esse texto: PRIMEIRA PESSOA OU TERCEIRA PESSOA.
Em seguida, explique o porquê de sua resposta:
a) A meu ver, o que acontece no Brasil é uma corrupção generalizada e não me admira que isso
não mude daqui a cem anos. Percebo o nosso país caracterizado pela falta total de
perspectivas e, por isso, nada mais me convence de que um dia viveremos de forma igualitária.
b) É inaceitável que, nos classificados dos jornais, ainda haja ofertas de empregos que exigem
“boa aparência.”
c) Há cerca de duas semanas, tomei conhecimento de uma pesquisa universitária que relevou
algo sobre o que eu já tinha desconfiado: trabalhadores negros ganham, em média, muito
menos do que os brancos, em todos os níveis salariais.
d) Há cerca de duas semanas, tomou-se conhecimento de uma pesquisa universitária que
revelou algo sobre o que já se desconfiava: trabalhadores negros ganham, em média, muito
menos do que os brancos, em todos os níveis salariais.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A
Explicação:
Você já deve saber que uma das características principais do texto dissertativo-argumentativo é a impessoalidade da linguagem. Para escrever textos de uma maneira mais formal, às vezes é necessário impessoalizá-los, isto é, omitir os agentes do discurso para ocultar nossa opinião pessoal e as diversas vozes que compõem um texto. Esse tipo de postura serve para atenuar a dialogia e contribuir para uma posição impessoal sobre determinados assuntos.
Quer um exemplo? Imaginemos a seguinte situação: Você vai prestar algum concurso ou vestibular e o tema da redação é “A redução da maioridade penal: você concorda?”. Provavelmente você deve ter uma opinião formada sobre o tema, o que não significa, no entanto, que você precise redigir a defesa de seu ponto de vista na primeira pessoa. Pode ser que você tenha passado por alguma experiência pessoal que justifique o desenvolvimento de seu raciocínio, mas ainda assim é preciso deixar a narrativização de lado e optar por elementos que afastem as emoções e as questões pessoais de seu texto.
Gramaticalmente, há várias maneiras para que você alcance a impessoalização da linguagem do seu texto. Para que você entenda melhor sobre o assunto, o Brasil Escola preparou algumas dicas de redação que certamente irão facilitar esse processo. Vamos lá? Boa leitura e bons estudos!
Técnicas de redação: A impessoalização da linguagem
► Dica 1: Generalizar o sujeito, colocando-o no plural
Essa é uma maneira eficiente de distanciar-se das emoções e da subjetividade em um texto dissertativo-argumentativo. Para isso, você deverá evitar o discurso na primeira pessoa (eu) e adotar o uso da primeira e da terceira pessoa do plural (nós e eles): expressões como cientistas reconhecem, nossas conclusões e procuramos demonstrar são menos pessoais do que reconheço, minha conclusão e procurei demonstrar.
► Dica 2: Ocultar o agente
Expressões do tipo: é importante, é preciso, é indispensável, é urgente contribuem com o propósito da neutralidade, pois ocultam o agente da oração. Para quem é importante? Para quem é preciso? Para quem é indispensável? Para quem é urgente? As perguntas ficam sem respostas porque não é possível definir o agente com clareza, o que neutraliza o discurso, além de deixá-lo mais objetivo.
► Dica 3: Opte por um agente inanimado
Essa é outra maneira eficiente de impessoalizar a linguagem do texto. Ao optar por um agente inanimado, a responsabilidade em relação à ação estará diluída, já que não será possível identificar com precisão seu agente. Exemplos:
A diretoria da empresa indicou um novo coordenador.
Os parlamentares votaram um projeto de lei.
O governo não entregou a obra.
► Dica 4: Uso gramatical do sujeito indeterminado
Ao adotar essa técnica, você não permitirá que o leitor identifique com precisão o agente da ação. Ela é muito útil principalmente quando, no texto, surgir alguma informação da qual você desconhece a exata procedência:
Aprende-se na escola a importância da preservação da natureza.
Acreditava-se que o Brasil erradicaria a miséria e a pobreza.
Fala-se muito sobre o problema da violência.
► Dica 5: Uso da voz passiva
Empregar a voz passiva é uma outra maneira que contribui bastante para a impessoalização do discurso. Isso acontece porque, ao utilizarmos a voz ativa, apresentamos um agente explícito, enquanto na voz passiva esse agente poderá estar oculto. Veja os exemplos:
As novas descobertas sobre a cura da AIDS foram realizadas em centros de estudo e laboratórios cubanos.
Está sendo comprovada a importância da escrita à mão no processo de aprendizado.
Por Luana Castro
Graduada em Letras
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