Escreva 5 curiosidades sobre a cultura caiçara
Soluções para a tarefa
Resposta:
denominam-se caiçaras os habitantes tradicionais do litoral das regiões sudeste e sul do brasil, formados a partir da miscigenação entre índios, brancos e negros e que têm, em sua cultura, a pesca artesanal, a agricultura, a caça, o extrativismo vegetal, o artesanato e, mais recentemente, o ecoturismo.
• ainda que essa comunidade tenha sido formada a partir de populações culturalmente tão díspares, ao descrever o modo de vida da população caiçara, pode-se brevemente defini-la como a população que habita pequenas cidades e povoados ao longo do litoral do brasil, corroborando a importância da ligação entre o caiçara e seu habitat.
• a comunidade caiçara é formada pela mescla de populações indígenas, colonos portugueses e negros.
• muitas práticas agrícolas (coivara) e de pesca (puçá), assim como a preparação de alimentos (farinha, peixe) apresentam marcante influência indígena.
• a cultura caiçara possui uma ligação especial com o mar, um dos fatores que a diferenciam da cultura caipira.
• o sistema de produção caiçara baseia-se na mão de obra familiar, regida por um calendário marcado pelo "tempo quente" (novembro-abril) e pelo "tempo frio" (maio-setembro).
Explicação:
espero ter ajudado!❤
Resposta:
Onde o português e o índio se uniram. A população tradicional caiçara é hoje um dos últimos traços visíveis do momento da criação do povo brasileiro.
Fazendo parte das culturas litorâneas brasileiras, os caiçaras representam um forte elo entre o homem e seus recursos naturais, gerando um raro exemplo de comunidade harmônica com o seu ambiente. Cotidianamente, turistas e aventureiros que buscam o litoral Sudeste como abrigo para as suas férias, travam contato, sem saber, com uma das mais belas e antigas culturas brasileiras.
Como uma das poucas culturas relativamente preservadas na região mais povoada do Brasil (entre Rio e São Paulo), os caiçaras são objeto de estudo de vários Centros de Pesquisa do sudeste.
Apresentamos um pequeno panorama desta cultura que viveu quase um século em parcial isolamento e hoje passa a travar contatos, cada vez maiores, com o universo urbano.
No Brasil, há inúmeras nações indígenas. No entanto, no ato da colonização, os índios foram gradativamente sendo exterminados de nosso litoral, deixando heranças que ainda hoje se perpetuam. Os caiçaras são um exemplo vivo desta combinação índio/colono, terra/mar – que se estabeleceram nos costões rochosos, restingas, mangues e encostas da Mata Atlântica.
A palavra caa-içara é de origem tupi-guarani. Separadas, as duas palavras sugerem uma definição: caa significa galhos, paus, “mato”, enquanto que içara significa armadilha.
A idéia provinda desta junção seria, à primeira vista, uma armadilha de galhos. O termo, porém, denomina as comunidades de pescadores tradicionais dos Estados de São Paulo e Paraná e sul do Rio de Janeiro.
Com poucos contatos com o “mundo de fora”, os caiçaras evoluíram aproveitando os recursos naturais à sua volta, que resultou numa grande intimidade com o ambiente. Povo anfíbio, entre o mar e a floresta, estas pequenas comunidades tentam, ainda hoje, preservar seus valores de grupo. Seus territórios – praias e enseadas – são de difícil acesso, por vezes protegido por Unidades de Conservação. Atualmente estas terras são alvo da especulação imobiliária, devido à sua beleza e excelente estado de conservação.
Os pequenos e médios barcos a motor vieram fazer parte desta cultura nos meados da década de 60. Antes deste período, a agricultura era a atividade primária. O homem caiçara passou de lavrador para pescador e, hoje, podemos dizer que a pesca é a principal atividade do homem caiçara.
O aparelhamento e as embarcações sobreviveram de processos indígenas, ao passo que, na captura, predominam os elementos da cultura portuguesa. A poita, indígena, é nada mais do que uma âncora primitiva, empregada para canoas e redes.
É dela que provêm expressões comuns dos caiçaras como: canoa poitada, poitado na cama, saiu da poita etc. O termo em tupi significa parar ou estar firme. Também é possível identificar heranças na pesca provindas da imigração japonesa, como é o caso do cerco.
Os aparelhos de pesca são divididos em três grupos:
1) destinados a ferrar o peixe (arpão, fisga, anzol, espinhel);
2) as redes de emalhar e as de envolver e
3) armadilhas, fixas ou flutuantes.
Com estes, o homem caiçara pesca no “mar de dentro” para sua subsistência. O arrasto da tainha merece atenção especial, pois se trata de um momento de congregação da comunidade, onde todos trabalham para todos.
Com uma rica noção de pesca adquirida ao longo do tempo, os caiçaras começaram a trabalhar em barcos pesqueiros há cerca de 30 anos. Hoje, a maioria dos homens adultos são empregados em grandes barcos de sardinha, levando-os a pescar no “mar de fora”, desde Cabo Frio até a divisa com o Uruguai. Recebem porcentagens da pesca de acordo com sua especialidade e, em épocas de proibição da pesca (“defeso”), desembarcam de volta aos seus lares.
Explicação:Em pequenas comunidades, esses grupos caiçaras guardam habilidades de caça e pesca sem uso de pólvora, do uso de recursos naturais da mata para alimentação, saúde ou como matéria-prima para construção de casas, redes e canoas. São heranças dos Tupinambás e Carijós.