Escola Revolução industrial inglesa-esquema
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Resumo Revolução Industrial Inglesa
Do ponto de vista econômico, a Revolução foi, sobretudo, a passagem de um sistema de produção marcadamente agrário e artesanal para outro de cunho industrial, dominado pela fábrica e pela maquinaria. Uma de suas características básicas foram as sucessivas inovações tecnológicas verificadas nesse período, dentre elas, o aparecimento de máquinas modernas rápidas, regulares e precisas, que substituíram o trabalho de milhares de homens e mulheres, antes realizado à mão; utilização do vapor como fonte de energia para acionar as máquinas, em substituição à energia hidráulica, eólica, humana e animal; novas formas de se utilizar as matérias-primas de origem mineral, que deram impulso à metalurgia e à indústria química.
Essas inovações tiveram lugar inicialmente na Inglaterra, devido a uma série de condições favoráveis, como a poderosa marinha mercante inglesa e o fortalecimento político da burguesia. Além da aprovação, pelo Parlamento, da Lei de Cercamento, que determinou o cercamento de todas as propriedades rurais para evitar que os rebanhos de ovelhas se misturassem, o que levou várias famílias que viviam em terras que não eram suas para as cidades, conhecido como êxodo rural.
Antes desse processo, eram oficinas artesanais que produziam grande parte das mercadorias consumidas na Europa. Nestas oficinas, também chamadas de manufaturas, o artesão controlava todo o processo de produção, como a jornada de trabalho. Também não existia uma profunda divisão do trabalho, frequentemente, um mesmo grupo de artesãos se dedicava à produção de uma mercadoria de seu princípio ao fim.
Com a Revolução Industrial, os artesões perderam sua autonomia. Com a chegada de novas tecnologia apareceram as fábricas, nas quais todas as modernas máquinas tornaram-se propriedade de um burguês. A produção fabril em concorrência com a artesanal levou esta a ruína. Com isso, se formou uma nova classe trabalhadora: o proletariado.
Os trabalhadores viviam em péssimas condições, pois não existiam leis trabalhistas que defendessem seus direitos. A mão de obra de mulheres e crianças era bastante utilizada por ser mais barata e estes apresentarem maior submissão ao dono da fábrica, o que modificou toda a estrutura familiar desta classe, já que todos os integrantes do núcleo familiar trabalhavam para o pagamento dos impostos cada vez mais altos.
As fábricas eram locais insalubres, onde o risco de morte e a disseminação de doenças eram elevados. Devido a falta de uma legislação que estabelecesse regras trabalhistas, os operários estavam sujeitos às normas impostas pelos patrões, como jornadas abusivas ou atraso no pagamento dos salários. Além disso, para evitar a falta ao trabalho ou o não cumprimento da produção esperada, muitos patrões instituíam multas ao trabalhador, que recebia um salário ainda menor.
As máquinas eram mais aprimoradas, de forma a produzir sempre mais e com menores custos, o que significou, para os burgueses, maior lucro, pois necessitariam de um menor número de empregados para manuseá-las. Mas, para os trabalhadores, isso significava desemprego.
O Ludismo estourou em 1811, foi uma das primeiras revoltas dos operários que eram contra os avanços tecnológicos, que substituíam homens por máquinas, e o nome deriva de um dos líderes, Ned Ludd. Eram revoltas radicais, onde os trabalhadores invadiam as fábricas, e destruíam as máquinas, ficando conhecidos como “quebradores de máquinas”.
Existiam esquadrões luditas, que andavam armados com martelos, pistolas, lanças, e durante a noite, andavam de um distrito ao outro, destruindo tudo que encontravam. Porém, muitos manifestantes foram condenados à prisão, à morte, à deportação e até à forca. O Ludismo ocorreu durante alguns anos, mas aos poucos os manifestantes constataram que não eram contra as máquinas que deveriam reagir, e sim ao uso que os proprietários faziam delas, abusando da mão-de-obra dos operários.
De maneira mais organizada, em 1836 surgiu o Cartismo, constituído pela “Associação dos Operários” e liderado por Feargus O’Connor e William Lovett. Reivindicavam direitos políticos, como o sufrágio universal masculino, o voto secreto, melhoria das condições e jornadas de trabalho. Redigiram a “Carta da Povo”, onde pediam um conjunto de reformas junto ao Parlamento. Inicialmente, as exigências não foram aceitas pelo Parlamento, havendo grandes movimentos e revoltas por parte dos operários. Depois de muitas tentativas e lutas, o Cartismo foi se dissolvendo até chegar ao fim. Porém, o espírito do movimento não se perdeu e ganhou maior presença política depois de um tempo, fazendo com que algumas leis trabalhistas fossem criadas.
Espero ter ajudado