Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida. KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado) 1. Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto filosófico da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa: * 1 ponto a) a capacidade da razão poder se libertar de si mesma. b) o alcance de verdade intelígiveis presentes no mundo das ideias. c) a liberdade da razão conquistada por meio da fé. d) a heteronomia atingível a partir da menoridade intelectual. e) a maioridade e a autonomia da razão.
Soluções para a tarefa
Resposta:
1. e) a maioridade e a autonomia da razão.
2. b) a inaptidão do ser humano em poder servir-se de seu próprio entendimento sem se guiar por outro.
Explicação:
Está correto no Google Classroom
Resposta:
a) a capacidade da razão poder se libertar de si mesma.
Explicação:
Como diz Kant em Resposta à pergunta: “O que é Iluminismo?” (1784), a palavra de ordem deste movimento de renovação cultural é Sapere aude!, isto quer dizer basicamente que os homens deveriam deixar sua menoridade, da qual são culpados, e direcionarem seu entendimento a partir de suas próprias forças, sem a guia de outro.
Essa posição perante o mundo possibilitou um movimento em busca da liberdade e de um ideal de independência política, econômica e intelectual. Desta busca nasce, entre muitos outros movimentos, a Independência americana, a Independência haitiana e a Revolução Francesa (essa última influenciada pelo pensamento do filósofo Jean-Jacques Rousseau). E sendo uma posição opositora dos regimes absolutistas, o Iluminismo almeja a libertação da riqueza e de tudo mais dos mistérios divinos tão presentes no pensamento medieval e influentes neste tipo de Estado Absoluto. Tudo passa a ser problema resolvível se o entendimento do homem se empenhar de maneira metodológica. Nada é misterioso. Desta confiança na razão nasce uma reflexão sobre a riqueza e sua administração – Adam Smith, A Riqueza das nações (1776), por exemplo. Neste contexto Montesquieu também é importante; na sua obra O Espírito das Leis temos um tratado sobre as relações do poder administrativo e uma teorização sobre a tripartição deste poder (executivo, legislativo e judiciário) de modo a serem separados, porém, interdependentes.