Erasmo de Rotterdam (1467-1536) foi um dos pensadores mais influentes de sua época, sobretudo porque em sua obra ELOGIO DA LOUCURA defendeu, entre outros aspectos: * 1 ponto a) a reforma eclesiástica da Igreja segundo a proposta de Savonarola, conforme sua pregação em Florença. b) a restauração da teologia nos termos da ortodoxia escolástica, na linha de Tomás de Aquino. c) a supremacia da razão do Estado sobre as regras definidas nos princípios da moral cristã. d) a tolerância, a liberdade de pensamento e uma teologia baseada exclusivamente nos Evangelhos. e) o comunismo dos bens, teoria que influenciaria o pensamento de Rousseau no século XVIII. A partir da citação, assinale a alternativa correta conforme solicita o enunciado: “No presente, o homem se faz através da posse da razão. Se as árvores e bestas selvagens crescem, os homens, creia-me, moldam-se. [...] A natureza, ao dar-vos um filho, vos presenteia com uma criatura rude, sem forma, a qual deveis moldar para que se converta em um homem de verdade. Se este ser moldado se descuidar, continuareis tendo um animal; se, ao contrário, ele se realizar com sabedoria, eu poderia quase dizer que resultaria em um ser semelhante a Deus”. (Erasmo de Rotterdam (1469-1536). In: ACKER, T.V. Renascimento e Humanismo. São Paulo: Atual, 1992. p.32-33.) 2. O texto de Erasmo de Rotterdam expressa uma das principais características do movimento artístico e filosófico conhecido como Renascimento. Essa característica é o: * 1 ponto a) Teísmo, a crença moderna de que o destino dos homens é determinado pela vontade de Deus, que se manifesta nos acontecimentos da vida cotidiana. b) Antropocentrismo, que se opunha aos valores medievais e atribuía ao ser humano, e não à vontade de Deus, a responsabilidade por suas conquistas e fracassos. c) Cientificismo, que acreditava ser possível compreender a obra divina a partir da aplicação dos métodos de investigação científica. d) Iluminismo, que pregava o uso da razão em contraposição à fé como condição indispensável para o desenvolvimento das capacidades humanas.. e) Misticismo, conceito central do humanismo renascentista, que atribui características sobrenaturais aos elementos da natureza, como plantas, rios e rocha
Soluções para a tarefa
1) Para Erasmo de Rotterdam, a tolerância e a liberdade de pensamento eram fatores importantes para a discussão filosófica e teológica. Logo, a alternativa D é a correta.
2) O Renascimento caracteriza-se pelo antropocentrismo, ou seja: a valorização do homem em face à valorização de Deus, típica da Idade Média anterior ao Renascimento. Logo, a alternativa B é a correta.
Pode-se falar que as principais características do Renascimento são a valorização:
- do Racionalismo (ainda incipiente)
- do Homem (antropocentrismo)
- da Natureza
- das Nações
em detrimento da teologia, da Escolástica e de Deus.
O Renascimento emerge caracterizado pelo individualismo prático e teórico, pela exaltação da vida mundana, pelo acentuado sensualismo, pela mundanização da religião, pela tendência paganizante, pela libertação em relação às autoridades constituídas que haviam dominado a vida espiritual no passado, pelo forte sentido de história, pelo naturalismo filosófico e pelo extraordinário gosto artístico.
Mesmo que contestado, essa visão permanece como o senso comum sobre esse período: um período de um novo espirito, um espirito libertador, mesmo que várias características dele já pudessem ser encontradas na Idade Média. Era a Luz rompendo as Trevas.
Se por Humanismo se entende a tomada de consciência de missão tipicamente humana através das humanae litterae (concebidas como produtoras e aperfeiçoadoras da natureza humana), então ele coincide com a renovatio de que se fala aqui, ou seja, com o renascimento do espirito do homem: assim, o humanismo e o renascentismo são duas faces do mesmo fenômeno. E Erasmo de Roterdã é um dos principais nomes que contribuiu com o humanismo renascentista.
Erasmo de Roterdã (1466-1536) apesar de seu contato com os reformistas, manteve-se dentro do dogma, embora seu catolicismo fosse tíbio e sempre mesclado de ironia e crítica eclesiástica. Erasmo, cônego e próximo do cardinalato, não deixou de ser um cristão, talvez de fé menos profunda que a do homem medieval, mas de espírito aberto e compreensivo. Representa o espirito de concórdia numa época duríssima e violenta, sendo o tipo mais acabado do homem renascentista.
Para Erasmo, a grande reforma religiosa se resume a sacudir dos ombros tudo aquilo que o poder eclesiástico e as disputas dos escolásticos acrescentaram à simplicidade das verdades evangélicas, confundindo-as e complicando-as.
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