ERA UMA VEZ UM PINTOR...Era uma vez um pintor que tinha um aquário e, dentro do aquário, um peixe encarnado. Vivia o peixe tranquilamente acompanhado pela sua cor encarnada, quando a certa altura começou a tornar-se negro a partir-digamos-de dentro. Era um nó negro por detrás da sua cor vermelha e que, insidioso, se desenvolvia por fora, alastrando-se e tomando conta de todo o peixe. Por fora do aquário, o pintor assistia surpreendido à chegada do novo peixe. O problema do artista era este: obrigado a interromper o quadro que pintava e onde estava a aparecer o vermelho do seu peixe, não sabia agora o que fazer da cor preta que o peixe lhe ensinava. Assim, os elementos do problema constituíam-se na própria observação dos fatos e punham-se por uma ordem a saber: 1º- peixe, cor vermelha, pintor, em que a cor vermelha era o nexo estabelecido entre o peixe e o quadro, através do pintor; 2º- peixe, cor preta, pintor, em que a cor preta formava a insídia do real e abria um abismo na primitiva fidelidade do pintor. Ao meditar acerca das razões porque o peixe mudara de cor precisamente na hora em que o pintor assentava na sua fidelidade, ele pensou que, lá dentro do aquário, o peixe, realizando o seu número de prestidigitação, pretendia fazer notar que existe apenas uma lei que abrange tanto o mundo das coisas como o da imaginação. Essa lei seria O conflito gerador desencadeado na narrativa foi:
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Resposta:ERA UMA VEZ UM PINTOR...
Era uma vez um pintor que tinha um aquário e, dentro
do aquário, um peixe encarnado. Vivia o peixe
tranquilamente acompanhado pela sua cor encarnada,
quando a certa altura começou a tornar-se negro a partirdigamos-de dentro. Era um nó negro por detrás da sua cor
vermelha e que, insidioso, se desenvolvia por fora,
alastrando-se e tomando conta de todo o peixe. Por fora
do aquário, o pintor assistia surpreendido à chegada do
novo peixe.
O problema do artista era este: obrigado a interromper
o quadro que pintava e onde estava a aparecer o
vermelho do seu peixe, não sabia agora o que fazer da
cor preta que o peixe lhe ensinava. Assim, os elementos
do problema constituíam-se na própria observação dos
fatos e punham-se por uma ordem a saber: 1º- peixe, cor
vermelha, pintor, em que a cor vermelha era o nexo
estabelecido entre o peixe e o quadro, através do pintor;
2º- peixe, cor preta, pintor, em que a cor preta formava a
insídia do real e abria um abismo na primitiva fidelidade
do pintor.
Ao meditar acerca das razões porque o peixe mudara
de cor precisamente na hora em que o pintor assentava
na sua fidelidade, ele pensou que, lá dentro do aquário, o
peixe, realizando o seu número de prestidigitação,
pretendia fazer notar que existe apenas uma lei que
abrange tanto o mundo das coisas como o da imaginação.
Essa lei seria a metamorfose. Compreendida a nova
espécie de fidelidade, o artista pintou na sua tela um peixe
amarelo.
O conflito gerador desencadeado na narrativa foi
(A) a obrigatoriedade do pintor em utilizar a cor vermelha
do peixe.
(B) a aceitação do artista acerca de uma nova técnica de
pintura.
(C) a mudança na cor do peixe que de encarnado passa
a preto.
(D) o artista querer pintar um peixe encarnado de seu
aquário.
(E) o surgimento inesperado de um novo peixe no
aquário.
Explicação:(C) a mudança na cor do peixe que de encarnado passa
a preto. alternativa correta...
O conflito gerador desencadeado na narrativa foi:
C) a mudança na cor do peixe que de encarnado passa a preto.
Conflito gerador
O conflito gerador de uma narrativa é o fato que estabelece a complicação, o problema que possivelmente será resolvido ao final. Está relacionado ao fato que muda a situação inicial ou a situação de tranquilidade.
No texto "Era uma vez um pintor...", o que gera a complicação na história é o fato de o peixe começar a mudar de cor, passando da cor vermelha para a cor preta.
É a partir desse fato que surge o problema da história: o pintor, agora, terá que dar um jeito de continuar a pintura do quadro mesmo com a mudança de cor do peixe, conforme comprova o trecho:
"obrigado a interromper o quadro que pintava e onde estava a aparecer o vermelho do seu peixe, não sabia agora o que fazer da cor preta que o peixe lhe ensinava".
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