Era uma vez um pastor que gostava muito de suas ovelhas. Gostava delas porque eram mansas e indefesas:
não tinham garras, não tinham presas, não tinham chifres. Eram incapazes de atacar e incapazes de se defender.
Mansamente elas se deixavam tosquiar. O pastor gostava tanto delas que prometeu defendê-las sempre de
qualquer perigo. Como prova do seu amor, tornou-se vegetariano. Jamais mataria uma ovelha para comer. Como
resultado de sua dieta de frutas e vegetais, o pastor era muito magro.
Havia, nas matas vizinhas, lobos que também gostavam das ovelhas. Gostavam delas porque eram mansas e
indefesas: não tinham garras, não tinham presas, não tinham chifres. Eram incapazes de atacar e incapazes de se
defender. Mansamente, se deixavam devorar. É: o gostar frequentemente produz resultados diferentes. O gostar do
pastor produzia cobertores de lã. O gostar dos lobos produzia churrascos.
Título adaptado pelos autores do material didático.
Rubem Alves, o pastor, as ovelhas, os lobos e os tigres, in Conversas sobre política, Editora Vênus.
Interpretação de texto:
1 - Duas características específicas do texto comprovam que a narrativa transcrita pertence ao mundo das fábulas,
ao universo do fazde conta.
Aponte-as
a)
b).
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Resposta:
a) Começa com "Era uma vez", como toda fábula.
b)Tem uma moral de história.
Explicação:
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