Era nosso sonho conhecer o aeroporto. Decidimos ir a pé. Eram seis quilômetros. Então andaríamos doze
quilômetros entre ida e volta. A princípio ficamos empolgadas e uma das amigas disse que o aeroporto é
logo ali. Eu acreditei que seria logo ali mesmo. Usávamos um sapato colegial daqueles que se usava nos
anos sessenta. A princípio era um calçado confortável e fomos andando felizes, observando tudo em
redor. [...]
Fomos. Andamos aproximadamente meio quilômetro e meus pés já começaram a dar sinais de cansaço.
A turma seguiu tranquila e eu resolvi parar com minha melhor amiga à beira do caminho me sentando em
uma pedra. Retirei o sapato e vi que uma bolha se formava bem na altura do tendão de aquiles. Minha
amiga Amália disse que não era nada, abriu a bolsa, retirou um pequeno curativo e pediu que eu o
colocasse sobre a bolha. Assim poderíamos continuar e alcançar nossas amigas. [...]
Andamos mais uns poucos metros, até que observei um boi pastando bem próximo a estrada. Parei.
Fiquei cismada. Seria seguro passar pelo boi? E se ele corresse atrás de nós? Fiquei observando o grupo
de amigas animadas passarem tranquilamente por ele. Foi aí que fiquei mais calma. Amália também não
era tão corajosa. Passamos desconfiadas, e não é que o bol cismou com nós duas? Instintivamente
pegamos na mão uma da outra. Rodopiamos. Queríamos fugir sem saber para onde. Ouvimos o boi
enfurecido. Não tivemos alternativa, saímos da estrada e fomos pasto afora em desabalada carreira. E ele
investiu contra nós. Finalmente vimos uma cerca de arame farpado de três fileiras e com uma destreza
que eu desconhecia passamos por baixo da cerca. Sendo que Amália foi mais feliz do que eu. Tive um
rasgão nas costas [...]. O certo era voltar, mas tivemos que ir atrás das outras para que nos ajudasse a
conseguir uma condução para a volta. [...] Amália, que a princípio parecia ter saído ilesa da situação,
mostrou-me o pé descalço. O sapato havia se perdido antes de atravessarmos a cerca. E a meia branca
havia se enchido de carrapicho. Gritamos pelas outras, mas havia uma distância considerável entre nós
que as impedia de nos ouvir.
Tive que parar mais uma vez. Fiquei lamentando o nosso passeio. Até que avistamos o caminhãozinho do
seu Antônio e dona Maria que vinha em nossa direção. Ficamos felizes como nunca. Agora era só pedir
carona. Fizemos sinal para que parassem, e contamos que precisávamos voltar para casa. Seu Alceu
coçou a cabeça e disse que não daria, a cabine do caminhãozinho era muito pequena e só restava a
carroceria onde levava os tambores de lavagem. Olhamos uma para a outra e decidimos embarcar.
Tapamos os narizes e chegamos em casa firmes e fortes [...].
O desfecho dessa história ocorre quando
a narradora atravessa uma cerca de arame farpado.
a narradora decide embarcar na carroceria do caminhão.
a narradora decide ir conhecer o aeroporto a pé.
a narradora vê um boi pastando próximo à estrada,
Soluções para a tarefa
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Resposta:
eu coloquei A, mas nn sei se ta certo
Explicação:
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Resposta: B) a narradora decide embarcar na carroceria do caminhão.
Explicação: Está no último paragrafo
"Só restava a carroceria onde levava os tambores de lavagem. Olhamos uma para a outra e decidimos embarcar. Tapamos os narizes e chegamos em casa firmes e fortes".
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