entrevista sobre pero bandeira
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Pedro Bandeira faz parte da vida de muitos brasileiros que foram crianças e adolescentes nas últimas décadas. Seu nome está na capa dezenas de livros adorados, como a famosa série dos Karas, que marcou gerações. Aos 75 anos, ele (felizmente!) continua escrevendo e demonstrando seu talento para contar histórias. Agora, acaba de lançar seu mais novo título: Esses bichos maluquinhos! (Ed. Moderna, R$ 44).
A obra reúne 17 poemas divertidos, que trazem animais falantes em situações cotidianas, com as quais as crianças pequenas vão se identificar. Tem macaquinho com chulé, pinguim que quer almoçar sorvete, leão que não quer sair da cama, morcego com medo de escuro... O livro é ótimo para a leitura compartilhada a partir da mais tenra idade, e ajuda a introduzir o prazer pela leitura. As ilustrações delicadas e cheias de vida são de Adilson Farias.
Capa do livro (Foto: Divulgação)
Capa do livro Esses Bichos Maluquinhos! (Ed. Moderna, R$ 44) (Foto: Divulgação)
Na tarde de sábado, dia 30 de setembro, o autor estará autografando a obra e interagindo com os fãs na Livraria da Vila – Fradique, em São Paulo (SP). Na ocasião, as crianças poderão assistir a uma apresentação lúdica baseada no livro, que será feita pelo grupo Ópera Cômica.
A seguir, confira entrevista que Pedro Bandeira deu à CRESCER:
CRESCER: Como surgiu a ideia do novo livro?
Pedro Bandeira: Esse livro foi muito trabalhado. Há muitos anos escrevo livros de apoio à introdução de crianças no hábito de leitura. Me preocupo muito com essa área, como ajudar o professor, o pai e a mãe a fazer com que seus filho se interessem por compreender aquele único código que pode dar acesso ao conhecimento, que é saber bem a própria língua. A literatura é o conhecimento com açúcar e chantilly. Mas como eu faço isso para uma criança que está começando? O melhor é a criança desde pequena ouvir uma história contada pelo papai, mamãe, vovó, no acolhimento do colinho. Eu quero fazer essa criança caminhar para o livro. O ideal é fazê-la compreender a musicalidade natural da língua falada. Eu quero que a criança se divirta. É preciso conquistar o gosto pela literatura.
Você dedica o livro ao seu neto Érico, e diz que ele é uma criança cheia de poesia. Por que?
Ele agora está com 9 ano e alguns desses poemas foi feito com ele no meu colo. Ele dizia que queria fazer poesia também e eu dizia: ‘escreva aí’. Ficaram meio misturadas as dele com as minhas. Quando ele viu o livro pronto, me perguntou: ‘cadê as minhas poesias?’ Ele me cobrou, porque queria ver elas ali.
Com tantos livros publicados, que você sente quando um novo livro fica pronto?
Eu fico perguntando ‘Quando vai sair?’, ‘Quando vai chegar?’. É como se fosse o centésimo filho! E o centésimo filho chora, faz xixi e precisa de colo, igual ao primeiro. É muito gotoso. Por isso que é bom ser escritor. Na minha profissão, ninguém se aposenta.
SERVIÇO
Pedro Bandeira em São Paulo (SP)
Data: sábado, 30/09
Programação:
14h - Apresentação lúdica baseada no título
15h - Bate-papo com o autor no auditório do local
16h - Sessão de autógrafos
Local: Livraria da Vila – Fradique