Entre os transtornos alimentares estudados qual deles ainda mata mais?
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Resposta:
transtornos alimentares são caracterizados como distúrbios mentais e mostram que aquilo que comemos – ou deixamos de comer – pode se tornar uma doença que precisa ser tratada. De acordo com estimativas do NIMH (Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos), 70 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de algum transtorno deste tipo.
De acordo com o psiquiatra e vice-coordenador do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas de São Paulo, Fábio Salzano, hábitos alimentares são considerados doentios quando começa a haver prejuízos na saúde física e mental, interferindo também nas relações pessoais e profissionais.
Atualmente, são seis transtornos alimentares estudados por profissionais da Saúde: anorexia nervosa, bulimia nervosa, compulsão alimentar, vigorexia, ortorexia e drunkorexia. O “cardápio de problemas” varia entre a maneira como o indivíduo enxerga o próprio corpo, a incapacidade de perceber quando o estômago está cheio, a fixação por alimentos exóticos e até o encontro da válvula de escape em bebidas alcoólicas. Os tratamentos são feitos de acordo com a doença, mas podem incluir remédios, psicoterapia e reeducação alimentar.
É importante que um paciente com transtorno alimentar tenha reestruturação, reorganização e desenvolvimento da personalidade, para não deixar que a baixa autoestima e a distorção da imagem corporal se tornem novamente gatilhos para o desenvolvimento ou agravamento da doença. Para isso, um tratamento multidisciplinar é necessário, englobando diferentes profissionais da Saúde, como psiquiatras, psicólogos, nutricionistas e endócrinos.
Baixa autoestima, rigidez no comportamento, necessidade de manter controle completo sobre a própria vida e falta de confiança. Essas são algumas características que definem os fatores psicológicos que podem colaborar para o desenvolvimento de distúrbios alimentares.
Transtornos Alimentares em Homens
No dia 30 de março de 2014, o médico da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), Celso Alves, afirmou, em entrevista para o jornal O Tempo, que “hoje os especialistas já consideram um relato entre os pacientes do sexo masculino para um a cada quatro mulheres, ou seja, 20% dos pacientes”. Além disso, o especialista ainda relata que somente em São Paulo, desde 2007, os atendimentos no Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas de São Paulo saltaram de três para 25 casos de homens por mês. Destes, 50% tiveram problemas de obesidade na infância.
Antes problemas associados ao mundo feminino, hoje os transtornos alimentares também fazem parte das doenças que atingem os homens.
Os Transtornos Alimentares mais comuns
A anorexia nervosa é caracterizada pela busca exagerada por magreza, levando a pessoa a recorrer a estratégias para perda de peso, além de apresentarem um medo intenso de engordar, mesmo estando extremamente magras.
No caso da bulimia nervosa, a pessoa exagera na ingestão de alimentos ou ainda há casos regulares em que come em excesso. Após esses episódios, o sentimento de culpa aparece e, para impedir o ganho de peso, o indivíduo usa vários métodos, como vômitos, abuso de laxantes e exercícios físicos.
Já a compulsão alimentar é o transtorno em que um indivíduo consome regularmente grandes quantidades de comida, ou “belisca” constantemente, mesmo quando não tem fome. Ao contrário dos bulímicos, quem come compulsivamente não força a eliminação dos alimentos, nem exagera em exercícios físicos, na tentativa de queimar calorias, por isso o aumento do peso é comum, além de gerar complicações clínicas.
Tratamento
O tratamento dos transtornos alimentares deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar – constituída por diversos profissionais, como psiquiatra, endocrinologista, nutricionista, psicólogo e clínico geral. Esses especialistas podem diagnosticar as alterações físicas, nutricionais, comportamentais e distorções de percepções e pensamentos apresentados pelos pacientes e tratá-los com o auxílio de medicamentos, orientações nutricionais, psicoterapia e até mesmo terapia familiar.