Entre os anos de 1946 e 1964, a política externa brasileira passou por diferentes configurações, sobretudo nas relações com as superpotências em tempos de Guerra Fria. A) Descreva a política externa adotada por Jânio Quadros. B) Relacione essa política externa com a condecoração de Che Guevara pelo governo brasileiro. C) Na opinião do prefeito, a condecoração de Che Guevara desagradou inúmeras autoridades no país. Apresente argumentos para justificar esse desagrado.
Soluções para a tarefa
Resposta:
a) Dentro de um programa de desenvolvimentismo, a Política Externa Independente (PEI) tinha como princípio básico uma atuação independente frente à bipolaridade EUA-URSS existente na época, visando proporcionar ao Brasil os benefícios de uma ampliação do comércio internacional. Livre do engessamento provocado pelas restrições ideológicas, o Brasil poderia manter relações comerciais não somente com os países do bloco capitalista, mas também com aqueles que adotavam o regime socialista. Essa nova atitude era defendida como um caminho para o desenvolvimento econômico e social.
b) Embora praticasse uma política interna conservadora, externamente Jânio fingia simpatizar com as esquerdas: condecorou o líder socialista Che Guevara, adversário declarado dos norte-americanos e um dos mentores da Revolução Cubana, que estudaremos nas
próximas aulas. O presidente também se recusou a apoiar o bloqueio econômico à Cuba comunista, imposto pelos EUA aos países do bloco capitalista. Em plena Guerra Fria, Jânio fazia um “jogo de cena” para mostrar-se independente.
c) Essas atitudes não produziram o efeito esperado: foram consideradas pelos grupos de esquerda puro marketing político e desagradaram aos conservadores de modo irreversível. Jânio procurou, então, o apoio das massas: em uma atitude claramente demagógica, pedia ajuda ao povo e culpava o Congresso Nacional pelos males do país.
Explicação: