Entre as dificuldades encontradas nas escolas para a efetivação das funções amplas do Conselho de Escola, destacam-se: A) os pais e alunos, que não se sentem preparados para o exercício da participação nas decisões pedagógicas e de planejamento que compõem funções deliberativas do Conselho, ficando tímidas e restritas suas atuações, geralmente, às questões financeiras e de manutenção física do prédio. B) os mecanismos para a sua efetiva participação, de forma a garantir que a educação seja gerida com possibilidade de atuação dos Conselhos de Escola. C) conceitos de gestão e administração que recorrem à utilização de termos como “eficiência”, “eficácia”, “produtividade”, os quais aparam as avaliações de desempenho desses profissionais da educação, como parte de sistema empresarial, com bases quantitativas e não qualitativas. D) o autoritarismo no próprio país. E) excessivo regramento e o legalismo exacerbado transformam as atividades sociais populares em verdadeiras maratonas nas intrincadas e complexas exigências impostas no decurso dos processos reivindicatórios, com a única intensão de dificultar ou de fazer desistir deles.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A resposta correta é a letra A
Explicação:
Entre as dificuldades encontradas nas escolas para a efetivação das funções amplas do
Conselho, destacam-se:
a- a própria constituição dos seus membros, que, via de regra, fica condicionada ao convite que a
escola faz aos profissionais, pais e alunos que são mais próximos à direção, ou seja, aos que já
se sentem familiarizados ou são já conhecidos pelo diretor, ou seja, um convite à aproximação
do que já está instituído não requer muitos esforços, tampouco exigirá muito diálogo ;
b- os pais e alunos, que não se sentem preparados para o exercício da participação nas
decisões pedagógicas e de planejamento que compõem funções deliberativas do
Conselho, ficando tímidas e restritas suas atuações, geralmente, às questões financeiras
e de manutenção física do prédio;
c- as escolas, que encontram dificuldades em compor o número de membros do Conselho
que está normatizado estatutariamente. Essa composição acaba sendo insuficiente, em
muitos casos, nas escolas de periferia das grandes cidades, que dependem de pessoas
disponíveis para preencher as vagas dos outros colegiados;
Mendonça (2000, p. 262) afirma que “a criação, a implantação
e o funcionamento dos colegiados nos sistemas de ensino têm se
disseminado, sendo essas instâncias de participação parte integrante
dos mecanismos que materializam a norma institucional da gestão
democrática” (apud OLIVEIRA, 2005, p. 26).
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d- o estatuto do Conselho, que, por ser elaborado pelos sistemas de ensino próprios em
cada região, deve conter inserções das necessidades e realidades, a partir do diagnóstico
feito pela escola, e que, para isso, depende de discussões do grupo, o qual, muitas vezes,
não se reúne para esse fim, tornando-se esse estatuto inacabado ou mal formulado;
e- a função de presidente do Conselho, que é, naturalmente, do Diretor de Escola, o que
pode condicionar todas as ações do colegiado aos interesses e influências desse membro
importante e decisivo, inibindo os demais. Isso ocorre facilmente por meio de decisão
unilateral na escolha, por exemplo, da pauta das reuniões;
f- a contenção da autonomia e participação (no sentido de partilha de poder e decisão)
(OLIVEIRA, 2005, p. 27), disseminando relativa autonomia no interior das escolas, quase
nula em relação ao poder decisório da sociedade civil, não obstante existir dentro das
“contradições neoliberais, movimento inverso de permitir essa participação e “decretar”
a autonomia” (OLIVEIRA, 2005p. 28).