Filosofia, perguntado por umcaos, 1 ano atrás

Entre as características do senso comum temos a de ele estar preso às aparências. Com relação a essa característica, como a filosofia produz seus juízos?

Soluções para a tarefa

Respondido por Veronika478
1
O que é o senso-comum? Um conjunto de crenças, valores, saberes e atitudes que julgamos naturais porque, transmitidos de geração a geração, sem questionamentos, nos dizem como são e o que valem as coisas e os seres humanos, como devemos avaliá-los e julgá-los. O senso-comum é a realidade como transparência: nele tudo está explicado e em seu devido lugar.
As características mais marcantes do senso-comum podem ser resumidas às seguintes:
1. subjetivismo: exprime sentimentos e opiniões individuais e de grupos, variando com as condições em que vivem, mas tomadas como se fossem universais, isto é, verdadeiras em todos os tempos e lugares
2. ajuizador: coisas, pessoas, situações são imediatamente avaliados e julgados em conformidade com o modo que cada um as percebe ou como o grupo ou a classe social as percebe
3. heterogêneo: diferencia coisas, fatos e pessoas por percebê-los como diversos entre si (por exemplo, julgamos diferente um corpo que cai e uma pluma que flutua no ar), mas sem indagar se são realmente diferentes ou se é apenas a aparência que os diferencia
4. individualizador: isto é, cada coisa, fato ou pessoa aparece como algo isolado e autônomo, como se não tivesse história, passado, um contexto no qual faz sentido; por isso, cada juízo do senso-comum é sempre um absoluto: “é isto”, “é assim”
5. generalizador: como conseqüência da maneira como separa e junta coisas, fatos, pessoas, tende a reunir numa só idéia ou numa única opinião coisas, pessoas e fatos julgados semelhantes, sem indagar se a semelhança não seria aparente. Assim, diferencia sem indagar sobre a diferença e reúne sem indagar sobre a semelhança
6. causalista: para organizar o que separou ou o que reuniu, tende a estabelecer relações de causa e efeito entre as coisas, as pessoas ou os fatos  - aqui, os provérbios são a melhor expressão, pois neles aparece justamente a noção de causalidade: onde há fumaça há fogo, quem tudo quer tudo perde, dize-me com quem andas e te direi quem és, quem sai na chuva é para se molhar.
Perguntas interessantes