Entendimento sobre o filme vidas secas de Graciliano Ribas
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Resposta:
Explicação:
ste artigo nasceu da seguinte passagem do livro Bakhtin – Da teoria literária à cultura de massa de Robert Stam: “Muitas pessoas que dominam bem uma língua, observa Bakhtin em ‘A Questão dos Gêneros do Discurso’, sentem uma penosa insegurança em determinadas esferas da comunicação, pois lhes falta o domínio das formas específicas daquele gênero”. Esta afirmação é desenvolvida por Stam na mesma obra com exemplos do filme japonês O funeral (1984) de Juzo Itami e o filme O anjo exterminador (1962) de Buñuel.
Procurarei relacionar essa questão da falta de domínio das formas específicas de um gênero de discurso com a obra Vidas secas, tanto o livro de Graciliano Ramos, quanto o filme adaptado por Nelson Pereira dos Santos. Buscarei também investigar a incomunicabilidade dos personagens centrais destas obras, assim como a diferença entre o modo como esta é retratada na literatura e no cinema.
A falta de domínio de formas específicas dos gêneros de um discurso ou a incomunicabilidade em determinada situação é uma questão que já foi abordada diversas vezes no cinema: do mestre Michelangelo Antonioni (em diversos filmes) ao recente Alejandro González Iñárritu (em Babel, 2006), do melancólico personagem Umberto D. do filme Umberto D. (1952, dirigido por Vittorio De Sica) ao inesquecível Travis do filme Paris, Texas (1984, dirigido por Wim Wenders).