Enquanto pasta alegre o manso gado,
Minha bela Marília, nos sentemos
À sombra deste cedro levantado.
Um pouco meditemos
Na regular beleza,
Que em tudo quanto vive, nos descobre
A sábia natureza.
Na estrofe inicial da Lira XIX, de Marília de Dirceu, o poeta Tomás Antônio Gonzaga
a)
confidencia-se à musa imaginária em tom de revolta e desprezo, o que afasta o trecho lido da estética do Arcadismo.
b)
dirige-se à mulher amada valorizando aspectos da natureza, o que é traço típico do Arcadismo.
c)
explora a sexualidade dos amantes, uma vez que o encontro amoroso é explícito na metáfora presente em “sábia natureza”.
d)
evidencia uma grande idealização da amada, explicitando que o encontro amoroso jamais acontecerá.
e)
revela o rompimento do autor com o Neoclassicismo, uma vez que a referência ao gado é indício de crítica social
Soluções para a tarefa
Resposta:
b) dirige-se à mulher amada valorizando aspectos da natureza, o que é traço típico do Arcadismo.
Explicação:
Nesta estrofe, o eu lírico dirige-se explicitamente à amada, por meio do vocativo “Minha bela Marília”, procurando realizar a relação afetiva na “beleza” da “sábia natureza”.
Tomás Antônio Gonzaga refere-se à Marília em consonância com a natureza (B).
O Arcadismo foi criado como superação do Barroco, que elevava o exagero e a oposição entre o sagrado e o profano.
O Arcadismo apresenta uma linguagem simples, mas com formalismo e é denominado de "Neoclassicismo" ou "Setecentismo". Sua principal influência foi o Iluminismo e tem grande uso de pseudônimos.
Os autores arcadistas mais famosos no Brasil foram: Cláudio Manuel da Costa, Basílio da Gama, Santa Rita Durão e Tomás Antônio Gonzaga.
Junto com o Quinhentismo e o Barroco, foi a última escola literária no Brasil enquanto colônia de Portugal.
As expressões mais usadas são: carpe diem (viva o dia), locus amoenus (local agradável) e fugere urbem (valorizar a vida do campo).
Saiba mais em: brainly.com.br/tarefa/7891998