Enquanto conceito a sociedade de consumo e parte fundaental do capitalismo Atual. qual ligação disso com o grau de importância do valor simbólico de mercadorias e a geração de necessidades ?
Soluções para a tarefa
Bom.
Podemos relacionar a geração de necessidades com a teoria do Fetichismo da Mercadoria, posta pelo pensador Karl Marx, que nos ajuda a entender que a compra de algum produto não é uma simples forma de consumo.
Note que todo produto possui um valor de troca, ou valor de uso, contudo não é somente o seu preço que define a vontade de consumação pelo cliente, mas também a quantidade de prestígio que o produto dispõe. Certamente, nem todas as mercadorias se originam e/ou são cultivadas aliadas a construção do valor de prestígio social, visto que muitas compras se baseiam em necessidades básicas para a sobrevivência de um ser humano, todavia, tudo o que é vendido está sujeito a imposição do prestígio social. Por exemplo, em algumas camadas da sociedade, há mais prestígio em consumir uma fiji water engarrafada nas filipinas do que beber uma garrafa de 500ml da produtora indaiá, mesmo que ambas mercadorias se constituam como água, princípio vital à sobrevivência de qualquer ser. Esta análise é conhecida como Fetichismo da Mercadoria, que se baseia em sortir qualquer demanda do consumidor, seja estética, intelectual ou alimentícia.
A sociedade de consumo, em certo grau de relevância aos capitalistas, tem a função de gerar necessidades em alguém por meio de suas ferramentas comunicativas seja nas redes sociais, nos programas de televisão, propagandas ou com figuras públicas. Tendo em vista que o mundo moderno dispõe de serviços complexos de coaptação do público, como por exemplo, os digitais influencers no Instagram, representando uma camada de pessoas que adquiriram um certo alcance virtual por conta de suas atividades pessoais e que tem um grande potencial de influência sobre seus seguidores. A presença de opiniões, direcionadas à ideologia do capital, são o que definem a criação da necessidade de consumo no consumidor (seguidor/expectador). Melhor dizendo, por exemplo, Whindersson Nunes usar um celular Iphone, de alto valor simbólico, quando grava os seus vídeos, involuntariamente, cumpre com o objetivo de propagar o seu consumo por determinada marca de celular para seu grupo de seguidores. Tendo em vista que quando o Nunes expõe uma mercadoria, que o fornece prestígio, seja estético ou econômico, ele gera, por indução, um pensamento pra uma parcela de pessoas. Isto nada mais é do que a metodologia pura do controle, onde certas marcas e empresas possuem formas de atingir seu público alvo sem precisar gastar em campanhas publicitárias com outdoors ao redor de toda uma cidade. A sociedade de controle faz jus ao seu nome e, por meio de cookies de navegador ou dados fornecidos por aplicativos de celular por exemplo, atinge o mercado consumidor de forma efetiva, induzindo, de diversas maneiras e incessantemente, o indivíduo a compra de algum material da sua empresa.
Acompanhar a teoria não é fácil, porém, em suma, a sociedade de controle dispõe de mecanismos, além dos já existentes, que fortalecem a máquina capitalista. As ferramentas para a venda de um produto são diversas e quase as mesmas: podem se basear em promessas de felicidade, conforto, simbolismo, status social, ou até mesmo poder, a diferença na sociedade moderna é a inclusão das pautas identitárias entre estes atributos, mas isso é assunto pra depois.