(ENEM) (PUC-SP) Não há um membro nem uma forma, Que não cheire a putrefação. Antes que a alma se liberte, O coração que quer rebentar no peito Ergue-se e dilata o peito Que quase fica junto da espinha dorsal.- A face é descorada e pálida. E os olhos cerrados, na cabeça. A fala perdeu-se, Porque a língua está colada ao céu do boca. O pulso bate e ele anseia. (...) Os ossos separam-se por todas as ligações Não há um só tendão que não se estique e estale. (Chastellain. LES PAS DE LA MORT. França, século XIV)O poema anterior sinaliza a preocupação com a morte que se fez presente na mentalidade europeia do século XIV. Para compreendermos o alcance dessa funesta inspiração, é preciso associar esse fenômeno ao fato de que:a) as primeiras navegações oceânicas, promovidas pelos europeus, vitimavam quantidadescada vez maiores de aventureiros. b) a morte era apenas uma metáfora para representar a transição pela qual passava a sociedade e cuja ênfase estava na produção agrícola, daí a comparação com a fruta que apodrece para deitar sua semente na terra e novamente brotar com vida nova. c) os germes do movimento romântico faziam-se notar, através da contestação da moral quereconhecia na existência o bem supremo do ser humano. d) o movimento de investigação científica, que teria maior consequência durante oRenascimento, dava seus primeiros passos na direção dos estudos da anatomia humana.e) a mentalidade religiosa, que concebia a vida apenas como provação em busca da salvação eterna, encontrava terreno fértil numa sociedade que era assolada por epidemias e guerras.
Soluções para a tarefa
O poema retrata a Peste Negra que assolou a Europa Ocidental, durante a Idade Média. Nesse período, a mentalidade religiosas era predominante e compreendia que as provas físicas contribuíam para a purificação do espírito e a salvação da humanidade. Assim, a alternativa “E” é a correta.
Peste e as crenças religiosas
Durante a Idade Média, período que ocorreu a Peste Negra, o conhecimento das ciências médicas era limitado. Acreditava numa íntima aproximação entre religião e medicina. As doenças eram vistas como disciplina de Deus.
Muitos membros do clero praticavam medicina receitando orações e chás terapêuticos. A doença fortalecia a pensamento sobre as suas causas: o pecado. Nesse sentido, levava o homem medieval ao caminho do arrependimento e da salvação. Dessa forma, fortalecia o domínio social da Igreja, que detinha a competência legal para a remissão dos pecados.
Na obra Decameron, Baccacio retrata a Peste Negra como a ira de Deus caindo sobre a humanidade como forma de castigo pelos pecados cometido.
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