(Enem-PPL/2017) A crítica é uma questão de distância certa. O olhar hoje mais essencial, o olho mercantil que penetra no coração das coisas, chama-se propaganda. Esta arrasa o espaço livre da contemplação e aproxima tanto as coisas, coloca-as tão debaixo do nariz quanto o automóvel que sai da tela de cinema e cresce, gigantesco, tremeluzindo em direção a nós. E, do mesmo modo que o cinema não oferece móveis e fachadas a uma observação crítica completa, mas dá apenas a sua espetacular, rígida e repentina proximidade, também a propaganda autêntica transporta as coisas para primeiro plano e tem um ritmo que corresponde ao de um bom filme.
BENJAMIN, W. Rua de mão única: infância berlinense – 1900. Belo Horizonte: Autêntica, 2013. Adaptado.
O texto apresenta um entendimento do filósofo Walter Benjamin, segundo o qual a propaganda dificulta o procedimento de análise crítica em virtude do(a)
A) caráter ilusório das imagens.
B) evolução constante da tecnologia.
C) aspecto efêmero dos acontecimentos.
D) conteúdo objetivo das informações.
E) natureza emancipadora das opiniões.
Soluções para a tarefa
Resposta:
O texto do filósofo Walter Benjamin representa bem sua concepção de que a propaganda dificulta a análise crítica por conta do caráter ilusório das imagens. Ao aproximar o produto de um possível consumidor, a propaganda não tem nenhuma pretensão de avaliá-lo de maneira racional ou de oferecer uma opinião crítica sobre ele.
Opção (A).
Explicação:
Espero Ter Ajudado.
Walter Benjamin pensa em que seja a arte e afirma que ela é material e possui uma espécie de "aura" singular e autêntica (A).
Para o filósofo, a criação da cultura de massa prejudicou a produção artística, pois a assimila em um produto exclusivo para o lucro e para o mercado do consumo.
Assim, o homem, em sua consciência, é capaz de vislumbrar a arte, embora o meio não ajude, pois o agente é único e orgânico e o meio artístico de cunho mercadológico, artificial e robótico.
Segundo Benjamin, o valor de culto refere-se às crenças, sendo a arte tida como símbolo místico, cunhada em rituais a divindades, em tradições e ritos divinos.
Já o valor de exposição corresponde à arte massificada, uma vez que é apresentada ao público e posta em museus. Seu significado sagrado é transposto a um significado popular e coisificado.
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