Português, perguntado por RodriguesGamer9351, 1 ano atrás

(Enem/MEC)
Tomo a ver-vos, ó montes; o destino
Aqui me toma a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino.
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tomava em pranto
Se converta em afetos de alegria.
(Cláudio Manoel da Costa. In: PROENÇA FILHO, Domício. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 2002. p. 78*9.
)

Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, identifique a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção.
a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.
b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia.
c) O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representação literária realista da vida nacional.
d) A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a Metrópole.
e) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está representada esteticamente nopoema pela referência, na última estrofe, à transformação do pranto em alegria.

Soluções para a tarefa

Respondido por Usuário anônimo
3
Alternativa A

De fato, "montes" e "outeiros" são uma analogia à vida urbana e à metrópole, onde o autor "um tempo os gabões deixou grosseiros pelo traje da Corte, rico e fino", somente para depois voltar ao campo e sua vida simples, tão exaltados no arcadismo.
Respondido por 56242
1
Olá, boa noite! ☺

Bem, vamos lá ...

Prezado amigo (a), com base no enunciado acima, podemos compreender que:

Tomo a ver-vos, ó montes; o destino
Aqui me toma a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino.
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tomava em pranto
Se converta em afetos de alegria.
(Cláudio Manoel da Costa. In: PROENÇA FILHO, Domício. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 2002. p. 78*9.)

Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção:

a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.
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