(ENEM) (...)Dá para notar claramente na grande mídia –particularmente na que envolve os canais abertos de tevê –a preocupação de pegar carona nessa mudança que o paísexperimenta e “conquistar” a nova classe “C”, até porqueos canais fechados e a internet já lhes roubaram vastospercentuais das classes ditas “elevadas”.Nada mais lógico, nada mais esperado, por partede quem se sustenta em função de ibopes. Impossívelquestionar essa tentativa de sedução. Mas é preciso cuidardo nível. E isso não parece estar acontecendo com a mídiae suas novelas de baixo nível dramatúrgico com enredosprevisíveis e lineares, seus programas de reality show queexacerbam a vulgaridade, seu processo manipulador deinformação, sua programação centrada no apelo sexualdo chamado “consumo do corpo”, sua promoção de“celebridades” efêmeras, porque falsas.Por que faço essas observações? Penso que a atualobrigação do Governo é zelar, sim, pelo pão na mesados brasileiros. Essa política tem a ver com cidadania,dignidade, justiça social. Mas também acho que isso deveser acompanhado de um outro alimento, o do espírito, quese dá sob o império de um processo educativo, que nãopassa apenas pelas escolas públicas de qualidade – queestamos longe de ter –, por professores bem formados ebem remunerados – de que carecemos – mas tambémpor uma produção cultural que, se não pode nem deve serdiretamente gerida pelo Estado, nem por isso podesem qualquer controle, ao bel-prazer de outros segmentosinteressados em aspectos comerciais, às vezes com avelha ideia de que, para o povo, basta o samba, o sexo eo futebol...“R.M.Lima. Panis et Circences. blog “Direto da Redação”, 21 mai. 2012. (adaptado).A leitura atenta do texto permite a conclusão de que o autorprocura defender:o direito da televisão aberta de decidir, sem intervençõesde qualquer natureza, a programação cultural oferecidaao público.a prevalência dos programas culturais produzidos noâmbito governamental, que se devem sobrepor aos dasinstituições particulares.a necessidade de existir um relativo controle sobre asproduções culturais disseminadas pela rede aberta detelevisão.o samba, o sexo e o futebol como únicos valores quenão devem faltar na programação cultural das tevês, portraduzirem o espírito do nosso povo.o direito de o Estado intervir indiscriminadamentenas programações da tevê aberta, que, por seremconcessões públicas, devem produzir o que interessarao governo.
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eu so quero ganhar pontos então.
oi
como vai?
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