(ENEM - adaptada) Leia o texto a seguir.
Torno a ver-vos, ó montes; o destino (verso 1)
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino. (verso 4)
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros (verso 7)
Atrás de seu cansado desatino.
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia (verso 10)
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto (verso 13)
Se converta em afetos de alegria.
COSTA, Cláudio Manoel da. In: PROENÇA FILHO, Domício. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 78-9.
Assinale a opção que apresenta um verso do soneto de Cláudio Manoel da Costa em que o poeta se dirige ao seu interlocutor.
Escolha uma:
a. “Vendo correr os míseros vaqueiros” (v.7)
b. “Aqui estou entre Almendro, entre Corino,” (v.5)
c. “Torno a ver-vos, ó montes; o destino” (v.1)
d. “Os meus fiéis, meus doces companheiros,” (v.6)
e. “Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,” (v.11)
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c. “Torno a ver-vos, ó montes; o destino” (v.1)
A correta é a alternativa c, pois o poeta se dirige ao seu interlocutor e utiliza o vocativo, como se falasse aos montes: “ó montes..”
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