ENEM, perguntado por roseleiaalves, 1 ano atrás

(ENEM – 1999) Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:
I. Quando nasci, um anjo torto Desses que vivem na sombra Disse: Vai Carlos! Ser "gauche" na vida (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1964)
II. Quando nasci veio um anjo safado O chato dum querubim E decretou que eu tava predestinado A ser errado assim Já de saída a minha estrada entortou Mas vou até o fim. (BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989)
III. Quando nasci um anjo esbelto Desses que tocam trombeta, anunciou: Vai carregar bandeira. Carga muito pesada pra mulher Esta espécie ainda envergonhada. (PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)
Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, em relação a Carlos Drummond de Andrade, por
a.
reiteração de imagens.
b.
oposição de ideias.
c.
falta de criatividade.
d.
negação dos versos.
e.
ausência de recursos

Soluções para a tarefa

Respondido por matheus2999
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Alternativa A.

Chico Buarque e Adélia Prado utilizam-se da ideia de Carlos Drummond de Andrade de um anjo que fala com o eu-lírico (narrador do poema) que ele está predestinado a algo, quando vivo.

Por exemplo, no trecho de CDA, o anjo diz que o eu-lírico será "gauche" — isto é, uma pessoa canhestra, insegura, sem determinação. Já no trecho de Chico Buarque, o "anjo" (querubim) diz que o eu-lírico vai "ser errado assim". Ainda, no trecho de Amélia Prado, a visita celestial fala que o interlocutor, uma mulher, "vai carregar bandeira", ou seja, um cargo que apenas um homem deveria fazer (porque a bandeira é pesada), a mulher faria.
Respondido por ruthsorridente
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RESPOSTA CORRETA LETRA A REITERAÇÃO

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