Encontro
Meu pai perdi no tempo e ganho em sonho.
Se a noite me atribui poder de fuga,
sinto logo meu pai e nele ponho
o olhar, lendo-lhe a face, ruga a ruga.
Está morto, que importa? Inda madruga
E seu rosto, nem triste nem risonho,
é o rosto antigo, o mesmo. E não enxuga
suor algum, na calma de meu sonho.
Oh meu pai arquiteto e fazendeiro!
Faz casas de silêncio, e suas roças
de cinza estão maduras, orvalhadas
por um rio que corre o tempo inteiro,
e corre além do tempo, enquanto as nossas
murcham num sopro fontes represadas.
ANDRADE, Carlos Drummond de.
Claro enigma. São Paulo:
Companhia das Letras, 2012, p. 92.
A maneira como Carlos Drummond de Andrade trata a figura paterna, no poema, retoma um traço recorrente no conjunto de Claro enigma, que é o destaque à(ao)
A
dor do luto pela perda de entes queridos.
B
revolta contra as leis naturais da existência.
C
remorso ligado a antigas desavenças familiares.
D
imaginação como forma de lembrança e consolo.
E
regionalismo como identidade profunda dos indivíduos.
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Resposta:
acho que é a letra d)imaginação como forma de lembrança e consolo
vickiethedickip8tzuc:
acho que é a d) também
Respondido por
0
Resposta:
Explicação:
D
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