Filosofia, perguntado por tiagotome3271, 10 meses atrás

encontre 3 itens que fazem parte das tradicionais comidas indigenas brasileiras

Soluções para a tarefa

Respondido por dennisouza18
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Alimentos Indígenas Mágicos[editar | editar código-fonte]

São aqueles reservados para os espíritos. Em diferentes aldeias, o pajé separa uma parte do alimento que está sendo preparado e a deposita em um determinado local, a fim de que os espíritos também se alimentem daquela comida. Essa porção de alimentos para os espíritos é de partes específicas de uma caça, por exemplo.

Também são considerados, por Abguar Bastos,[7] mágicos os alimentos que os índios consomem a fim de obterem algo, os Kraó, por exemplo, ingerem infusões de certos vegetaisantes saírem para caçar, a escolha do vegetal depende da espécie de animal que desejam obter.

Alimentos Indígenas de Resguardo[editar | editar código-fonte]

São os que devem ou não ser consumidos durante um determinado período, em que há um rito de passagem. Ritos de passagem são cerimônias que determinam a passagem de um estado social de um grupo ou pessoa para outro, como funeral, nascimentos, matrimônios, gestação.[8]

Os índios acreditam que o consumo de alimentos em um período inapropriado pode trazer graves consequências para a pessoa que os ingeriu e/ou para seus familiares. Entre os índios Bororo, que vivem no Mato Grosso, por exemplo, as mulheres, após darem à luz não comem carne de tatu ou de tartaruga, pois acreditam que esses alimentos tornam seus bebês raquíticos, e os pais devem ficar de três a cinco dias após o parto sem comer ou beber água fresca. No Maranhão, as índias Urubu-Kaapor que estão próximas de terem a menarca tomam sopa de aipim e podem comer apenas tartaruga branca, os peixes mandi e aracu e chibé, que é uma farinha seca diluída em água. Entre os índios Tupinambá, quando nascia um bebê, o pai ficava proibido de comer carne, peixe ou sal durante três dias, alimentando-se apenas de uma espécie de farinha nesse período.

Alimentos Indígenas Interditos[editar | editar código-fonte]

São os alimentos proibidos de serem ingeridos por toda uma comunidade indígena. No sul do Brasil há os índios Kaingang, que, assim como os Rikbaktsa, do norte do Mato Grosso, não comem tamanduás. Para os Kaingang foi o tamanduá quem ensinou a eles cantos e danças, e, por isso, devem gratidão a esse animal. Os índios Xirin, do Pará, não comem o jaú (peixe); os Karajá, do Tocantins, não comem tatu; os Tapirapé, do Mato Grosso, não comem bicho-preguiça. De uma maneira geral, o que impede uma comunidade indígena de consumir a carne de determinado animal são as lendas, que contam que determinado ser já foi um humano em tempos remotos, por exemplo.

Alimentos Indígenas Compensatórios[editar | editar código-fonte]

São aqueles que os índios recebem como recompensa antes ou após uma tarefa árdua, como a caça ou a construção. Os índios Bakairi têm o hábito de pedir e ganhar alimentos de toda a aldeia antes e depois de saírem para caçar. No grupo Krahò, localizado no Tocantins, cada homem oferece para uma mulher, que não seja esposa, um alimento que encontrou na mata, em retribuição, essa mulher oferece uma comida por ela preparada. Dessa forma, a amizade entre as famílias é constantemente fortalecida.

Alimentos Indígenas Privativos[editar | editar código-fonte]

Alguns alimentos podem ser consumidos exclusivamente por determinados indivíduos ou grupos. No Mato Grosso há os índios Suyá, apenas os homems dessa comunidade podem comer os miúdos da anta. Entre os Erigpagtsá, somente os homens podem comer a cabeça de macacos e de porcos do mato.

Alimentos Indígenas Sagrados[editar | editar código-fonte]

Os alimentos que são influenciados espiritualmente antes do consumo, Abguar Bastos[5] define como sagrados. Kariana é um rito de passagem feminino relativo à puberdade,[6]nele o beiju com molho de pimenta, o peixe cozido e a cabeça de peixe a serem consumidos pelas meninas são benzidos e defumados pelos pajés. O leite materno dos índios Wanana, habitantes da parte noroeste da Amazônia, também é benzido por pajés para ser oferecido para as crianças durante o batismo. No sudoeste do Amazonas estão os índios Marubo, quando alguém do grupo está doente, os pajés cantam sobre um pote de mingau, que será oferecido ao enfermo. Esse canto é considerado sagrado e capaz de curar doenças. A mesma situação pode ser observada entre os índios Baniwa, do norte do Amazonas.

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