(ENADE 2011) Considere a obra Miguilim, de Guimarães Rosa, da qual se extraiu o seguinte fragmento: Tio Terêz deu a Miguilim a cabacinha formosa, entrelaçada em cipós. Todos eram bons para ele, todos do Mutum. O doutor chegou: — “Miguilim, você está aprontado? Está animoso?” Miguilim abraçava todos, um por um, dizia adeus até aos cachorros, ao Papaco-o-paco, ao gato Sossõe, que lambia as mãozinhas se asseando. Beijou a mão da mãe do Grivo. — “Dá lembrança ao seu Aristeu... Dá lembrança ao seu Deográcias...” Estava abraçado com Mãe. Podiam sair.
ROSA, J.G. Manuelzão e Miguilim: duas novelas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1964, p. 103 (com adaptações).
Considerando o fragmento acima, assinale a opção que apresenta excerto referente à obra Miguilim.
Escolha uma:
a. O outro reino, em que se esconde, ou se procura o Menino, é requintado, interiorista, respira mistério, levita na intemporalidade, mora ou pervaga numa estranha mansão (...). Trata-se, é bem de ver, da recorrência de uma primeira contemplação inefável de categoria intimista. LISBOA, H. O motivo infantil na obra de Guimarães Rosa. In: Guimarães Rosa.
b. (...) impregnado pela religiosidade da mãe e pela aura mística dos ‘milagres’, a solução do conto conduz para a leitura fácil de se explicar pela fé a tragédia que não se atina com a razão. MOTTA, S. V. O engenho da narrativa e sua árvore genealógica: das origens a
Graciliano Ramos e Guimarães Rosa. São Paulo: UNESP, 2006, p. 449.
c. Ao drama de ordem pessoal e à tragédia inelutável, segue-se o conflito com a força maior, representada pelo domínio paterno contra o qual se insurge o menino, ferido nos brios. A represália do pai é tremenda. LISBOA, H. O motivo infantil na obra de Guimarães Rosa. In: Guimarães Rosa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília: INL, 1983, p. 175.
d. O deslocamento espacial é o rito de passagem — ‘o atravessar o bosque’—, que se dá no meio do percurso entre as duas aldeias, separadas pela imprevisibilidade do ‘quase’: uma outra e quase igualzinha aldeia. MOTTA, S. V. O engenho da narrativa e sua árvore genealógica: das origens a Graciliano Ramos e Guimarães Rosa. São Paulo: UNESP, 2006. p. 466.
e. O Menino é uma criança qualquer a brincar com o seu macaquinho e é uma espécie de criança mítica, através de quem tudo se ordena, tudo se corresponde, tudo se completa. NUNES, B. O amor na obra de Guimarães Rosa. In: Guimarães Rosa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília: INL, 1983, p. 162.
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Resposta:
Ao drama de ordem pessoal e à tragédia inelutável, segue-se o conflito com a força maior, representada pelo domínio paterno contra o qual se insurge o menino, ferido nos brios. A represália do pai é tremenda.
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