Embrulhado para presente
A moça da loja de presentes foi solícita, me mostrou todos os buquês de flores à disposição, Aline era seu nome, perguntou para quem seria, acho que corei na hora [...]. Olhei o calendário na parede, Novembro... Isso, Novembro era o mês de aniversário da prima Ana, ela era uma criança ainda, mas omitindo o detalhe, não seria estranho presentear primas com flores. Dei-lhe a história da prima.
Mas aí outro contratempo, os buquês eram grandes e eu queria ser sigiloso [...].
Corri os olhos em volta até que...
– Isso! – Apontei para o pequeno e fofo urso de pelúcia numa estante [...]
Escolhido, embrulhado para presente e acompanhado a um cartão [...].
Seguindo pelo caminho da faculdade eu imaginava sua reação [...].
O ônibus parou, logo eu chegava à faculdade e entrava na sala. A procurei, mas ela não estava, só chegando na terceira aula. Nos cumprimentamos com uma troca sorriso apenas, eu aguardava logo o fim daquele dia, pedi a ela que me esperasse no final, ela concordou.
Era hora [...]. Ela estava bem diante de mim, a faculdade quase a fechar, praticamente ninguém na rua. Abri minha bolsa e lhe estendi o embrulho.
– Olha... Inácio, não posso aceitar.
– Ah, aceita vai, pode pegar.
– Não, sério, não posso, por favor, não insista.
– Tudo bem, você não precisa ficar... – eu disse enquanto guardava novamente o embrulho. [...]
– Na verdade... eu precisava dizer algo pra você, mas tava esperando o momento certo.
– Vai, pode falar, não precisa ter embaraços comigo.
– Eu tô namorando.
Eu fiquei quieto olhando para ela, acho que mordi os lábios um pouco tentando dar um sorriso. [...]
Naquele momento, a única coisa em que entramos numa concordância foi que nada mais precisava ser dito. [...]
Eu sabia que tinha perdido o meu ônibus, devia ser quase 23:00, mas não me importei. As ruas quase vazias com seu trânsito morno foram boas companheiras do meu trajeto [...]. Tinha de resolver o problema do presente... Ah é, mês que vem é Novembro, aniversário da prima Ana.
CALEBE, Marcos. Embrulhado para presente. In: Recanto das Letras. 2021. Disponível em: . Acesso em: 27 maio 2021. Adaptado para fins didáticos. Fragmento.
Nesse texto, no trecho “Abri minha bolsa e lhe estendi o embrulho.” (8º parágrafo), os verbos destacados foram utilizados para
A-apresentar ações que ocorreram em um tempo passado.
B-indicar fatos que irão acontecer em um momento futuro.
C-marcar situações que ainda estão em desenvolvimento
D-revelar circunstâncias possíveis de acontecerem
Soluções para a tarefa
Resposta:
Este texto se trata de um conto, porque tem como foco narrativo mostrar uma história curta (alternativa C).
Explicação:
No trecho apresentado no enunciado, os verbos destacados foram utilizados para fazer o que está posto na letra C) marcar situações que ainda estão em desenvolvimento.
Os verbos no presente do indicativo indicam ações que ocorrem no exato momento em que se fala, enquanto verbos no pretérito do indicativo transmitem a ideia de que algo aconteceu ou poderia ter acontecido antes do momento em que se fala. Por fim, verbos no futuro do indicativo indicam ações que podem vir a acontecer depois do momento da fala, ainda não tendo iniciado.
No texto em questão, mesmo que o eu lírico esteja se referindo a fatos pertencentes ao passado, este narra a história de modo a utilizar verbos que marcam situações que ainda estão se desenvolvendo, fazendo parte do presente do indicativo.
Veja mais sobre o presente do indicativo em:
brainly.com.br/tarefa/26907549
