“Embora o acolher de um paradigma pareça historicamente uma precondição para investigação científica mais eficaz, os paradigmas que aumentam a eficácia da investigação não necessitam ser, e geralmente não são, permanentes. Pelo contrário, no esquema de desenvolvimento das ciências maduras vai-se passando, em regra, de um paradigma para outro. […] [O] praticante de uma ciência madura sabe com precisão razoável a que tipo de resultado pode chegar com a sua investigação. Em consequência disso, está em posição especialmente favorável para detectar um problema de investigação que saia do esperado. Por exemplo, […] como Copérnico, […] pode concluir que os fracassos repetidos dos seus antecessores, ao ajustar o paradigma à natureza, é evidência inescapável da necessidade de mudar as regras com que se tenta fazer esse ajustamento. […] Como se vê por esses exemplos e por muitos outros, a prática científica normal de solucionar quebra-cabeças pode levar, e leva de fato, ao reconhecimento e isolamento de uma anomalia. Um reconhecimento dessa natureza é, penso eu, precondição para quase todas as descobertas de novos tipos de fenômenos e para todas as inovações fundamentais da teoria científica. Depois que um primeiro paradigma foi alcançado, uma quebra nas regras do jogo preestabelecido é o prelúdio habitual para uma inovação científica importante.”
KUHN, Thomas, “A Função do Dogma na Investigação Científica”, p. 48-49.
Segundo Kuhn, apesar de presentes na histórica da ciência, a sucessão entre concepções científicas distintas – tal como ocorreu entre os modelos heliocêntrico e geocêntrico acima – não são episódios que deveriam ocorrer com grande frequência nas ciências maduras, tais como a astronomia. Por quê?
Soluções para a tarefa
Resposta:
As ciências maduras tem como principal motivação a análise e busca por uma verdade absoluta e universal, sendo assim, por exemplo, as leis da física, que em qualquer local do globo devem ser a mesma. Na astronomia não é diferente, o que um astrônomo diz deve ser verdade em todo o planeta, quando grupos distintos discordam ideias significam que essa verdade absoluta está distante, por tanto sera necessário uma melhor aplicação do método científico, pois como dito por Thomas Kuhn "evidência inescapável da necessidade de mudar as regras com que se tenta fazer esse ajustamento." A ciência madura é um tecido maleável, que pode e vai se alternando ao longo dos anos, mas que com pesquisas e metodologia maior e mais bem aplicada tende a ser menor. Em suma, esse fenômenos não deveriam ocorrer, pois a ciência madura deve buscar a concordância universal, pois só assim chegaremos ao mundo iluminado livre das influências nagacionistas e obscurantista.