Embaixo da ponte, sem número
O endereço das famílias R. e S. é um buraco que fica embaixo de um viaduto sem nome, ao lado da
ponte da Casa Verde, na Zona Norte de São Paulo. Acredite se quiser: o buraco fica na própria estrutura do
viaduto, como uma toca de tatu.
Lá não entra luz do sol, e o chão é de terra batida. Luz elétrica, só à noite, quando os postes da rua são
acesos. “Mas é melhor que morar na favela. Sonho com uma casa de verdade”, diz Juliana S., 12.
Dentro do buraco, duas famílias dividem o espaço. De um lado da ponte, fica a família de Juliana, com
sete pessoas. Do outro lado, a de Daniel R., 11, que vive com a mãe, os dois irmãos e mais cinco primos, que
sempre ficam “hospedados” na “casa”.
“Eu falo para os meus amigos que moro neste buraco. Vou esconder por quê? Mas eles dão risada de
mim”, conta Jaqueline S., 9.
Rua é quintal
Espaço para tanta gente não há. As crianças se amontoam para dormir em colchões espalhados pelo
chão. Além das péssimas condições de higiene, elas correm risco ao brincarem numa área tão próxima à rua,
onde os carros passam a mais de cem quilômetros por hora. O “quintal” delas é um gramado da marginal
Tietê.
Os meninos engraxam sapatos para ajudar nas despesas, ou então vendem panos de prato. “Tiro uns
30 reais às sextas-feiras. Engraxo lá no Bom Retiro”, conta Rafael. Para tomar banho, eles precisam esquentar
água, que buscam em um posto perto da “casa”. “Eu tomo banho quando dá”, diz o garoto.
Segundo pesquisa realizada pela Siurb (Secretaria de Infraestrutura Urbana), neste ano, cerca de 1480
famílias (ou 5600 pessoas) moram embaixo de viadutos em São Paulo.
É possível encontrar palavras que representam a maioria dessas
classes. Quais classes gramaticais tu consegues identificar no texto? Separe-as com suas palavras
correspondentes.
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Resposta:
Procura no G quê vc achar nso 5 primeiros sites sacou
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