Português, perguntado por Letíciaalcântara000, 10 meses atrás

Em vinte linhas elabore um texto dissertativo fazendo apontamentos de como melhorar a educação ​

Soluções para a tarefa

Respondido por railson329618
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Resposta:

 É preciso promover ações de redução da reprovação escolar no ensino fundamental. Altos índices de reprovação provocam atrasos na vida escolar e desembocam na evasão, muito alta nos anos finais do fundamental e no ensino médio. Metade dos jovens de 15 a 17 anos atualmente fora da escola abandonou a sala de aula ainda no fundamental. Cabe ainda aos governos implantar programas para encontrar as crianças que estão fora da escola e trazê-las para o ambiente de ensino. Na educação infantil, é necessário aumentar a oferta de creches e pré-escolas.

Oferecer condições semelhantes de atendimento para as diferentes camadas da população é essencial, seja pela infraestrutura, seja pela qualidade dos professores. Essa equidade passa pela definição de critérios mínimos de qualidade. É necessário privilegiar escolas com mais dificuldades, com recursos e práticas pedagógicas.

Elevar os ganhos iniciais é essencial, mas só a estruturação de uma carreira docente que estimule o desenvolvimento pessoal pode colaborar para que bons profissionais não abandonem a carreira e para que jovens talentosos procurem o magistério. Entretanto, é preciso estabelecer desempenho mínimo para que a pessoa possa exercer o magistério.

Respondido por emyr733
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Resposta: se todos os brasileiros tivessem o mesmo nível educacional, a desigualdade de renda seria até 50% menor no país. De meados dos anos 90 – quando foi realizada a pesquisa – para cá, o país se tornou a sexta maior economia do mundo e ganhou relevância política, mas a educação parece ter ficado patinando no caminho. Ainda fazemos feio em avaliações internacionais e só conseguimos fazer com que 1 em cada 10 estudantes terminem o ensino fundamental sabendo o que deveriam em matemática. Para tentar jogar luz sobre o abismo educacional brasileiro, EXAME.com selecionou 45 soluções, das pequenas às grandes, para melhorar a educação no Brasil, a chave para um país mais competitivo.   Não há soluções mirabolantes para a educação. Disse à EXAME.com o professor da Universidade de Stanford e especialista em educação internacional comparada, Martin Carnoy: “ninguém encontrou uma melhor maneira de fazer as crianças aprenderem do que colocando bons professores ensinando na frente delas”. É hora de o Brasil fazer a (dura) lição de casa.

 (Usar de modo eficiente o tempo em sala de aula)

Muitas das medidas que poderiam causar grande transformação na sala de aula não acarretariam em gasto algum. Usar de maneira eficiente o tempo em que alunos já estão na escola é uma delas. Estudo do Banco Mundial divulgado no ano passado, realizado a partir da observação in loco de pesquisadores da instituição, mostrou que apenas 66% do tempo de sala de aula no Brasil é gasto efetivamente com o ensino. Outros 34% são desperdiçados com atividades burocráticas, como chamada, a cópia de deveres de casa ou pedindo disciplina. A cota de “desperdício” em países da OCDE é de apenas 15%. Usar sabiamente o tempo em sala de aula é uma das mais baratas e eficientes maneiras de melhorar a educação no Brasil.

 (Universalizar a educação de verdade) Nas últimas duas décadas, o Brasil quase conseguiu universalizar a educação pública em um processo notável e propalado pelos governantes de plantão. A palavra universalizar, no entanto, esconde ainda um montante de 3,8 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos fora da escola, segundo dados do Movimento Todos pela Educação. O problema é concentrado no universo de crianças entre 4 e 5 anos e jovens acima de 14 anos. No meio deles, a educação é quase universalizada. Rumo a uma educação de qualidade, o Brasil deve avançar mais.

(Reformular o ensino médio)

Do estado periclitante da educação brasileira, nenhum é tão ruim quanto do ensino médio. Entre as notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a do ensino médio é a mais baixa: 3,1, de 10. Parte das pessoas culpa o número de disciplinas ensinadas aos estudantes, 13; a outra, a maneira enciclopédica, que tenta ser passada de maneira mais profunda que o necessário. Escreveu em um blog um aluno bolsista da Fundação Estudar, quando estava nos Estados Unidos: “aqui o aluno não tem que aprender Matemática, Biologia ou Geografia em detalhe”, constatou. O fato é que o assunto voltou à tona recentemente, quando o Ministro da Educação, Aloízio Mercadante, mostrou disposição de mudar o ensino médio, tornando-o mais multidisciplinar e integrado.

(Cooptar alunos talentosos para magistério)

Uma pesquisa da Fundação Victor Civita, em 2009, constatou que a carreira de professor costuma ser hoje mais procurada por estudantes da rede pública, muitas vezes vindos de um panorama menos favorecido em termos escolares, culturais e financeiros. É uma diferença brutal para países como Finlândia e Coreia do Sul, onde os melhores alunos querem ser professores, até mesmo do ensino básico. No Brasil, somente os docentes de nível superior parecem manter algum prestígio como carreira. Fazer a educação brasileira se equiparar a destes países necessariamente passará por tornar a docência do ensino fundamental e médio atrativas no país. A questão pode até perpassar melhores salários. Sabe-se, no entanto, que aumentar o soldo não melhorará o trabalho dos professores que estão aí, embora possa servir para atrair alunos mais bem aplicados no futuro. Mas é preciso aumentar a dinâmica da carreira para atrair uma geração mais interessada em ascender do que ficar 30 anos exatamente fazendo a mesma coisa. E, quem sabe, conseguir atrair estudantes como o paraibano Felipe Abella, da foto ao lado, acostumado a ficar entre os primeiros em Olimpíadas mundiais do conhecimento, antes e depois de entrar na universidade.

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