Em uma consultoria, o técnico de campo comentou com o proprietário da fazenda que a disponibilidade de máquinas e equipamentos, associada ao nível tecnológico do agricultor, ao tipo de mão de obra empregada e ao tamanho da área de cultivo, influenciam diretamente na escolha do tipo de preparo do solo. Sendo assim, é uma recomendação que áreas acima de cinco hectares de cultivo tornam o preparo com ferramentas manuais pouco viáveis.
SOARES, Bruno Oliveira. FITOTECNIA: CANA-DE-AÇÚCAR E CAFÉ: Plantio do café. Londrina - PR: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2019.
Sobre o emprego de máquinas e implementos agrícolas, analise as sentenças a seguir:
I- O histórico da área auxilia na tomada de decisões de plantio, mas não auxilia nas escolhas dos implementos agrícolas.
II- São indicados para a abertura de sulcos rasos.
III- São indicados para o preparo de área total.
Nesse contexto, assinale a alternativa correta.
Escolha uma:
a.
Apenas a afirmativa II está correta.
b.
Apenas a afirmativa I está correta.
c.
Apenas a afirmativa III está correta. Correto
d.
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
e.
As afirmativas I, II e III estão corretas.
Questão 2
Correto
Não marcadaMarcar questão
Texto da questão
Por volta de 1970 os maiores cafezais eram localizados no Paraná e em São Paulo, tradicionalmente utilizavam espaçamento do tipo quadrado, na base de 3 a 4 metros por 3 e 4 metros, com plantio de três até quatro mudas por cova. Nesse período, a manutenção de muita área de terreno livre tinha a ver com o uso de cultivos intercalares, onde os espaçamentos utilizados era menor que 800 covas por ha. Atualmente os aspectos a serem analisados para a definição do espaçamento na implantação do cafezal são relacionados ao fato da lavoura receber uma condução mecanizada ou não e do stand final esperado pelo produtor.
SOARES, Bruno Oliveira. FITOTECNIA: CANA-DE-AÇÚCAR E CAFÉ: Plantio do café. Londrina - PR: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2019.
Sobre os plantios em sistema motomecanizado, analise as sentenças a seguir e assinale V para verdadeiro e F para falso.
( ) As máquinas destinadas aos tratos culturais como as colheitadeiras não podem ter acesso.
( ) Deve ser respeitado o mínimo de espaço exigido para o trânsito das máquinas que irão trabalhar na área.
( ) O espaçamento entre as linhas do cafeeiro poderá ser de 1,5 a 2,0 metros.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
Escolha uma:
a.
V - V - V.
b.
V - F - V.
c.
F - V - F. Correto
d.
V - F - F.
e.
F - V - V.
Questão 3
Correto
Não marcadaMarcar questão
Texto da questão
Em um dia de campo, um representante das variedades do grupo "Conilon", sugeriu que os espaçamentos entre as plantas mais usuais variam de 1,0 m a 2,0 m, enquanto que outro representante sugeriu para a “Robusta” que utilizam-se 2,0 m e 2,5 m. No entanto, alguns agricultores perguntaram se poderiam realizar o plantio em espaçamentos menores que 1,0 m para “Conilon” e até 1,5 m para “Robusta”. OS técnicos explicam que tais espaçamentos devem ser utilizados com critério, observando as características de arquitetura das plantas, uma vez que o café canéfora é multicaule e além da espaçamento entre plantas utilizados considera-se o número de hastes por planta, geralmente entre 2 e 5 hastes a depender do clone e do espaçamento.
SOARES, Bruno Oliveira. FITOTECNIA: CANA-DE-AÇÚCAR E CAFÉ: Plantio do café. Londrina - PR: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2019.
Sobre as distâncias entre plantas, analise as sentenças a seguir:
I- Espaçamentos maiores podem promover excessivo entrelaçamento de ramos plagiotrópicos, dificultando o manejo.
II- Espaçamentos menores podem promover subutilização da área.
III- Espaços menores podem resultar em um aumento pela competição por radiação solar.
Nesse contexto, assinale a alternativa correta.
Escolha uma:
a.
Apenas a afirmativa II está correta.
b.
Apenas a afirmativa I está correta.
c.
As afirmativas I, II e III estão corretas.
d.
Apenas a afirmativa III está correta. Correto
e.
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
No ciclo de produção da cana-de-açúcar, podem-se identificar as fases de plantio, tratos culturais e colheita nas quais são transportados fertilizantes, defensivos químicos, mudas, palhiço e colmos para moagem, em ordem crescente de intensidade de tráfego pela quantidade de massa movimentada. O tráfego de tratores, colhedoras, implementos e veículos de transporte utilizados nas referidas fases contribuem para o adensamento do solo, tornando necessárias operações pesadas como subsolagem, aração ou gradagem para sua desagregação.
Os processos agronômicos de produção de cana-de-açúcar continuam os mesmos utilizados durante vários séculos, mesmo em regiões com maior desenvolvimento tecnológico, como o estado de São Paulo. Experiências bem sucedidas em escala comercial mostram que outros processos agronômicos como, o Cultivo Mínimo e o Plantio Direto, podem substituir, com vantagens, o sistema de preparo convencional que atualmente domina a agricultura canavieira. Existem três opções para o preparo do solo, na fase de plantio: Sistema Convencional, Sistema de Cultivo Mínimo e Sistema de Plantio Direto. Estes sistemas estão descritos em ordem decrescente de utilização comercial.
Sistema Convencional de preparo de solo para o canavial
O Sistema Convencional de preparo do solo envolve operações de subsolagem e aração, combinadas por gradagens para a eliminação das soqueiras e incorporação de corretivos de solo. O tráfego intenso de colhedoras e veículos de transporte são normalmente os agentes compactadores que justificam o uso da subsolagem e das gradagens. Desse modo, um ciclo vicioso de compactação e descompactação se repete ao longo do tempo, sendo que ambas as operações, tanto de compactação quanto de descompactação, demandam equipamentos, combustíveis, mão de obra e investimentos para serem realizadas. Estima-se que a perda de solo para outras culturas, decorrente do preparo convencional, pode atingir 50 toneladas por hectare ao ano.
A cultura de cana-de-açúcar apresenta um índice de perda de solo relativamente pequeno, cerca de 12,4 toneladas de terra por hectare ao ano (UNICA, 2007).
Sistema de Cultivo Mínimo
Esta técnica destaca-se por substituir as operações convencionais de preparo do solo em área total por um preparo concentrado na linha de plantio, que consiste mais frequentemente em uma subsolagem, que pode ser complementada por uma desagregação mais intensa do solo por meio de enxada rotativa em uma faixa estreita vizinha à linha de subsolagem.
Em relação ao Cultivo Convencional, o Cultivo Mínimo apresenta redução na erosão, redução no uso de máquinas e implementos, reduzindo assim o uso de combustíveis. A perda de solo para outras culturas neste sistema pode atingir 20 toneladas por hectare ao ano, contra 50 toneladas por hectare ao ano no caso de plantio convencional.
Sistema de Plantio Direto
O Sistema de Plantio Direto é uma técnica de manejo do solo em que palhiço e restos vegetais (folhas, colmos, raízes) são deixados na superfície do solo. O solo é revolvido apenas no sulco onde são depositadas as mudas e fertilizantes e as plantas infestantes são controladas por herbicidas, evitando assim cultivos mecânicos que provocam a compactação. Não existe preparo do solo além da mobilização no sulco de plantio.
A redução da erosão, a melhoria das condições físicas e de fertilidade do solo, o aumento do teor de matéria orgânica, de nutrientes e de água armazenada, bem como a redução no consumo de combustíveis com a manutenção da produtividade da cultura, indicam o Plantio Direto como o sistema para alcançar maior sustentabilidade da agricultura, com mínimos impactos ambientais e sem degradação dos recursos naturais.
No Brasil, o sistema de Plantio Direto começou a ser implantado no início dos anos 1970, no norte do Paraná, com o objetivo de amenizar os prejuízos causados pela erosão do solo com a sucessão das culturas de trigo/soja.
Na década de 1990, o sistema começou a ser utilizado de maneira expressiva no Rio Grande do Sul e em parte do Cerrado (GO, MG e DF). Atualmente, o Brasil tem uma área cultivada com Plantio Direto que ultrapassa os 25 milhões de hectares, sendo o Paraná e o Rio Grande do Sul os estados que mais utilizam esta técnica de plantio, principalmente nas lavouras de soja, milho, feijão, trigo e arroz. A soja é a cultura com maior incidência deste sistema de plantio.
Consequências do Sistema de Plantio Direto da cana
Com a cobertura vegetal, verifica-se diminuição do volume de resíduos químicos existentes nas enxurradas, em comparação ao solo sem cobertura vegetal, o que acarreta a redução da poluição dos cursos de água. Outra consequência é o aumento da atividade biológica, resultante do aumento de matéria orgânica no solo, o que possibilita menor uso de fertilizantes.
Explicação: